Os caminhos da cPI do Genocídio e a luz que vem da ciência

por Sulamita Esteliam

Não dá para fazer de conta que tudo vai bem quando 482.175 famílias brasileiras choram seus mortos.

Não dá para fazer de conta que é questão de ponto de vista, quando se sabe, através de estudos científicos, que pelo menos três quartos dessas vidas poderiam ter sido poupadas.

Há um estudo científico que projeta essa conta que chacoalha cabeça e coração; é do epidemiologista Pedro Hallal, da Universidade Federal de Pelotas. Foi citado pela microbiiologista Natalia Pasternak, da USP, uma das convidadas desta sexta-feira em que a CPI trabalhou.

São os dados do pesquisador e professor Pedro Hallal, publicados na The Lancet, de que três de cada quatro mortes teriam sido evitadas se o Brasil estivesse na média mundial de controle da pandemia. Ou seja, quando atingirmos 500 mil mortes, isso quer dizer que 375 mil mortes poderiam ter sido evitadas com um melhor controle da pandemia.

Está publicado na revista científica medicinal inglesa The Lance. Medidas sanitárias adequadas para o controle da pandemia continuam sendo negligenciadas pelo desgoverno.

A última é ameaçar liberar vacinados e sobreviventes da doença de usarem máscara. A tal “imunidade do rebanho” é a obsessão do genocida-presidente.

Rebanho, lembra o médico sanitarista Claudio Maierovitch, ex-presidente da Anvisa, é para animais, e é assim que a população vem sendo tratada no que diz respeito à pandemia.

Acredito que a população tem sido tratada dessa forma ao se tentar produzir imunidade de rebanho à custa de vidas humanas.

Maierovitch chefiou a divisão de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde no período 2011-2016. 

Até 2019, lembra, o Brasil ocupava o 9º lugar no mundo em respostas rápidas na contenção de pandemias e suas consequências. Hoje é classificado por organismos internacionais como o país de pior respostas à Covid-19, dentre 98 pesquisados.

Esta semana a CPI do Genocídio pediu a quebra do sigilo telefônico de telemático dos ex-ministros Eduardo Pazuello, da Saúde, e Ernesto Araújo, das Relações Exteriores e outros membros do desgoverno e do chamado  gabinete paralelo, responsável pela des-orientação na contenção da pandemia.

A despeito do esperneio do desgoverno e seus apoiadores com assento na CPI, a CPI acredita já dispor de elementos suficientes para definir indiciamentos, segundo o vice-presidente Randolfe Rodrigues, que dirigiu os trabalhos nesta sexta.

Sua fala no encerramento da sessão não é apenas contundente, é um roteiro que a ser conferido:

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Fontes requisitadas:

Agência Senado

Randolfe sugere que CPi já tem condições de definir investigados

‘Sobram estudos mostrandos que kit covid não funciona’, diz Natalia Pasternak à CPI

Ao buscar ‘imunidade de rebanho’ governo trata população como animais, diz Maierovitch na CPI

CPI quebra sigilo de Eduardo Pazuello, Ernesto Araújo e do gabinete paralelo

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