por Sulamita Esteliam
O amigo pernambucano Vladmir Santiago me envia a análise do panorama Brasil, abaixo, da lavra da colega conterrânea Eliana Santana. Ela sabe das coisas. A verdade é que, no caso, a se confirmar, é um baita furo.
Fakeada, divercitulite – a doença que matou Tancredo Neves – recidiva de câncer no intestino, entupimento devido a farra ilimitada nas férias de fim de ano?
Transcrevo. Só não reproduzo a foto usada na postagem de origem. Opto pela charge do sempre genial Aroeira.
Foto do inominável, aqui, só se for de costas descendo a rampa do Palácio do Planalto. Melhor, rolando…
Jair subiu no telhado?
por Eliara Santana – em seu site
Parece que a situação de Jair é bem mais séria do que imaginamos. Recebi há pouco a informação de que a situação de saúde dele parece ser mesmo grave e que os grupos ávidos pela terceira via ou segunda via ou algo que impeça a vitória de Lula já trabalham com a perspectiva de que Mourão possa assumir (não nos esqueçamos da mídia nesse contexto). O jornalista Luis Costa Pinto falou sobre esse cenário um pouco mais cedo.
A fonte que me passou a informação (ouvida de bastidores do hospital) é de absoluta confiança, mas eu não posso revelar – além das notícias quentes, a fonte lembrou que Jair e Mourão estão rompidos há algum tempo; Mourão não aparece atrelado a nada do governo Bolsonaro, nem é mais visto na mídia, portanto, é um nome APARENTEMENTE civilizado. O certo é que o quadro parece ser mesmo grave e que já estão possivelmente articulando uma segunda via mais palatável e mais confiável, no caso o vice, Hamilton Mourão.
Pode ser uma versão 2022 do episódio da facada? Pode: uma nova espetacularização de um quadro de saúde inesperado pode comover o eleitorado e mudar o figurino eleitoral todo.
Pode ser mesmo um quadro gravíssimo que vai tirar Jair de cena (por ora ou para sempre)? Pode: e isso bagunça totalmente o jogo eleitoral, para todos os lados.
Pode ser uma armação espetacularizada dos grupos de elite e midiáticos e outros para tirarem o bode, digo, Jair, da sala sem que isso fique explicitado como armação, viabilizando um jogo mais intenso? Pode: e isso se configura uma tentativa de moldar uma outra via que não esteja manchada pela indecência do comportamento de Bolsonaro.
E tudo isso, junto ou separado, vai bagunçar muito o cenário eleitoral.
Como venho dizendo, o derretimento de Bolsonaro, consolidado como está, é um impedimento para a disputa eleitoral.
Como venho dizendo, a ausência de Jair do quadro eleitoral muda completamente o cenário, reconfigurando possibilidades de segunda e terceira vias; mais do nunca, as coligações e articulações de Lula serão essenciais para consolidar a candidatura de centro-esquerda. Nada está dado.
De qualquer forma, já estava causando muita estranheza o comportamento nada eleitoral de Jair, o ogro incomível, que deu uma bela banana para as enchentes na Bahia e foi andar de jet-ski em Santa Catarina – candidato nenhum faz isso.
Aguardemos as cenas dos próximos capítulos. Elas serão emocionantes. E o ano mal começou…
* Eliara Santana é jornalista e pesquisadora, doutora em Linguística e Língua Portuguesa pela PUC-MG
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