por Sulamita Esteliam
Então, depois do circo de absurdos, o desgoverno anuncia um plano de vacinação para crianças na faixa dos 5 anos aos 11 anos. Era só pirotecnia de mau gosto, do ridículo político como forma de desviar a atenção para o que interessa.
Tem plano, mas não tem data para o início do processo de imunização, bem aos moldes do desgoverno. Diz-se que é ainda este mês, e até coletiva se deu a respeito. O primeiro lote de vacinas destinadas às crianças deve aportar no Brasil dia 13.
A data é singular, mas o atraso pode custar caro, uma vez que dobram os casos da variante Ômicron no país e as crianças são alvo fáceis.
É tudo política, má política. Política criminosa.
O espantoso é que gente bem-informada, e formada para salvar vidas, se preste ao papel de fantoche, títere ou capacho de genocida.
Na verdade, a história está repleta de exemplos: que o diga Josef Mengele, o médico serviçal do nazismo.
Depois falam que o Zé Povinho e a Maria Povinho é que são ignorantes.
E por falar em povo, não vai rolar Carnaval mais este ano, no Recife e em Olinda também. Ninguém vai poder soltar os cachorros da alegria, ladeira acima, ladeira abaixo, na maior folia em linha reta do planeta.
É prudente, sim, diante do recrudescimento da pandemia, que agora responde por Ômicron, e das dúvidas sobre o alcance da cobertura vacinal disponível. Sem contar o surto de Influenza A, que se espalha feito praga que é.
Então, cautela, máscara, distanciamento, higiene, álcool em gel e água benta…
Mas é triste que na hora do bem-bom, as gentes engulam em seco: passa no ano que vem, e olhe lá!
Quem se importa que sejam fisgadas pelo vírus nos transportes apinhados a que se obrigam aqueles que precisam e podem trabalhar?
Quem se importa se importa com as aglomerações homéricas nos postos de saúde e upas superlotadas pelas demanda crescente de atendimento por exemplo?
De qualquer forma, há que concordar com o poeta Belchior, o Encantado: viver é melhor que sonhar…