por Sulamita Esteliam
O dia hoje foi de corre, obrigações familiares e domésticas intransferíveis e inadiáveis. Por isso faltou Euzinha nas ruas do Recife para juntar minha voz ao grito da mulherada pela vida da gente, pelo fim da fome, do racismo, do feminicídio, do trasfeminicidio e do desgoverno genocida.
É parte do cotidiano das mulheres cuidar da prole e depois, eventualmente, ajudar com a prole da prole. Desde que o mundo é mundo é assim: minhas avós cuidaram de mim, minha mãe me ajudou com minhas crias, e asim vai…
Não me queixo, e o feminismo não me tolhe na sororidade, muito antes pelo contrário. O fato de eu estar ativa profissionalmente, ainda depois da aposentadoria, não impede de oferecer suporte, quando possível.
Além do mais, a máxima antiga é verdadeira: a prole da prole é doce.
Postei lá no Instagram um poeminha para celebrar o #8M, com o simbolismo e a carga que a data carrega no mundo inteiro.
Energia de luta
Grata à vida, à energia que nos alimenta, nos une e nos faz levantar e seguir adiante, criar, transformar, fazer acontecer, todos os dias.
Graças às pioneiras e ancestrais que ousaram se erguer contra a opressão, e agregaram ao exemplo a força que nos trouxe até aqui.
Salve a mulherada de Vênus e de Marte, de Saturno, Netuno, Júpiter, Urano e Plutão!
Mulheres de Sol e de Lua.
Mulheres de fogo e de água, de terra e de ar.
Mulheres de todas as cores, matizes e quadrantes.
Viva nós!
(Euzinha mesma – Mar 2022)