por Sulamita Esteliam
De escândalo em escândalo, o desgoverno do Coisa Ruim vai chafurdando no buraco escuro de onde nunca deveria ter emergido, para infortúnio do Brasil. A semana começa com a queda do desministro da Educação, o negociador de verbas a preço de ouro e bíblia.
O problema é que o mandante, aquele que botaria a cara no fogo pelo ministro-pastor, fica. Permanece acumulando sandices, desmandos, mentiras, desmantelos e abusos de poder. Porque as institutições deste país, como se sabe, funcionam perfeitamente, desde 2016 especialmente.
O ministro foi gravado confessando que favorecia pastores evangélicos na distribuição de verbas do Fundo Nacional da Educação, a mando do ocupante da cadeira presidencial. Um prefeito denunciou que o pastor teria pedido ouro em troca de designação de verbas para educação no município.
Não bastasse, foi flagrado em farta distribuição de bíblias com fotos suas e dos pastores Gilmar Silva dos Santos, presidente da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus do Brasil, o ungido. O outro apaniguado é seu assessor Arilton Moura.
Corrupção é a palavra, com todas as letras e variedade de formas. Já imaginou o que Jesus faria com essa raça a cuspir sobre seu nome e a poluir o templo?
O ex-ministro é o terceiro que se vai na Educação, em menos de quatro anos de desmonte da máquina pública, do MEC em particular. Sem contar o que foi nomeado e não assumiu por que descobriu-se que fraudara o currículo, o que também é comum nesse desgoverno.
Comparável só mesmo o Ministério da Saúde, por onde também já passaram três, fora uma desconvidada. E o que permanece já até tirou seu diploma da parede, mas largar o posto nem pensar…
No fim de semana, regurgitou a tentativa grotesca de censura no festival LollaPalooza, em São Paulo, por iniciativa do PL, o novo partido do Coisa Ruim. Acusaram Pablo Vittar e outros artistas de fazer propaganda eleitoral para Lula.
Ora, trata-se de liberdade de expressão, uma vez que não representam candidatos nem partidos. É portanto, fora da área de ingerência do tribunal eleitoral.
É censura mesmo, por desespero de causa.
Desviar a atenção a qualquer preço é tática manjada. Só que desta vez o tiro saiu pela culatra: o grito de “fora” você sabe quem se multiplicou em quantidade e volume.
Até o presidente do TSE já sinalizou levar o julgamento da liminar, “imediatamente”, para o pleno. E assim corrigir a rata do ministro concessor, que tentou coibir a livre manifestação do pensamento num festival internacional com dezenas de artistas e milhares de pessoas, a maioria jovens.
Este ano promete…
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