Acampamento Terra Livre: povos indígenas em defesa dos seus direitos

por Sulamita Esteliam

Os povos originários ocupam o Distrito Federal no 18º Acampamento Terra Livre, e após dois anos de encontros virtuais por força da pademia de Coronavírus, na qual se perderam muitos de sua gente.

Desde a segunda 4, até a quinta-feira, 14 de abril se reúnem no Complexo Cultural da Funarte, no Eixo Monumental de Brasília, cerca de 100 povos indígenas. No segundo dia do ATL já ultrapassando 5 mil homens e mulheres de diferentes etnias e cantos do Brasil. A expectativa, segundo a APib – Articulação de Povos Indígenas é chegar a 8 mil.

Com a força do povo da floresta, na definição deles próprios, a ação presencial se dá no mote: Retomando o Brasil: Demarcar Territórios e Aldear a Política.

É emocionante ver com que energia se entregam à luta pelo direito a suas terras ancestrais, à sua cultura, no momento em que sofrem ataques do Estado que deveriam protegê-los.

Um dos pontos centrais dos debates e protestos deste ATL está o PL 191, que autorização a exploração criminosa da mineração em seus territórios.Os povos indígenas lançaram carta aberta rechaçando o PL nesta manhã:

Outro ponto pendente, desta vez no Supremo Tribunal Federal é o julgamento do Marco Temporal. Uma delegação de liderenças da Apib – Articulação dos Povos Indígenas esteve com o ministro Dias Toffoli, presidente do STF para dialogar sobre seus impactos na vida de todos os indígenas do Brasil.

O presidente da Corte foi lembrado que o povo Kaiabi que continua ameaçado de redução de seu território por meio de ação civil originária cuja relatoria está a seu cargo, embora o próprio STF já tenha reconhecido a proteção constitucional à terra indígena.

O Acampamento Terra Livre é oportunidade também de congraçamento entre os povos de diferentes etnias e nações. Na noite deste segundo dia de eventos, por exemplo, os “parentes” puderam conhecer a dança dos Terena e a história do povo Xucuru, de Pesqueira, no Agreste pernambucano.

O cacique Marcos, prefeito eleito do município (Republicanos) em 2020, mas impedido de tomar posse, acusado de tomar parte num incêndio no qual nega participaçação. O caso vem sendo empurrado com a barriga pelo TSE, desde então.

Importante, e não se trata de detalhe: manter estrutura decente – alimentação, limpeza. cuidados com a saúde de milhares de indígenas requer uma logística que demanda recursos significativos. Por isso, há um chamado à solidariedade nesta postagem que o A Tal Mineira reproduz:

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