25 anos de Recife e o encontro com o Divino

por Sulamita Esteliam

Neste 16 de julho, nosso pequeno núcleo familiar completa 25 anos de vida no Recife, a capital de Pernambuco – Euzinha, o maridão Julio e nossa caçula Bárbara. A vida nos deu de presente essa nova Macondo, e somos gratos – embora sem perder as raízes das Gerais.

Por essas coincidências (?),  na terça, fizemos pela primeira vez, nessa década e meia, o passeio de barco pelo Capibaribe. O rio-mãe que serpeiteia e se entrelaça em pontes, e alimenta o mangue, que nutre a cidade, que se recorta em ilhas  e se contorce a caminho do mar.

Celebramos em família, sem a caçula que hoje mora em São Paulo, e sem que tenha sido esse o motivo da excursão. Aceitamos o convite da filha Gabriela – que veio no encalço, 10 anos depois -, a propósito de comemorar o aniversário de sua amiga cearense, a querida Analine, que visita a cidade pela primeira vez.

Não usamos a modalidade conhecida dos catamarãs, disponíveis para embarque no Marco Zero, no Bairro do Recife; nem as embarcações disponíveis em restaurante no Cais das Cinco Pontas, no Bairro de São José, o Catamaran Tours.

Nosso passeio foi exclusivo, em barco comum para 10 pessoas, no nosso caos, munido de tapete, almofadas e coletes de segurança, com direito a couler com bebidas e lanchinhos próprios, levados por nós; e um condutor dos mais simpáticos, o Índio.

O barqueiro se associa com um agente turístico, a quem se contrata o passeio antecipadamente por telefone ou Instagram/@recifeoriginalstyle, a 60 reais por cabeça. São duas horas de puro êxtase.

O Recife visto por dentro das águas, com direito a pôr do sol, é experiência que nenhum ser vivente deveria deixar de apreciar.

É um encontro marcado com Deus – o Deus da natureza e do prazer de que nos fala o filósofo Spinoza ou Espinosa.

Aliás, circula pelas redes sociais um vídeo que descreve esse Deus na definição do filósofo holandês. Uma muher, de voz ritmada e quente, recita os mandamentos conforme a Natureza Divina descrita por Baruch Spinoza, que viveu e morreu no século XV. Um liberal por convicção.

O texto, certamente, não é de Spinoza, embora seja possível encontrá-lo com o indevido crédito em colunas da mídia nativa. Entretanto, trata-se de uma condensação das ideias do filósofo sobre Deus, vinculando-o à natureza, ao homem como a encarnação do Divino e ao livre arbítrio.

Um leitor bem informado, da referida colunista, ensina o caminho das pedras: quem escreveu o texto é do médium mexicano Francisco Javier Ángel Real, que atende pelo codinome Swami Anand Dilvar.  Está na página 14 do seu livro “Conversaciones con mi Guía”, onde relata diálogo com entidade espiritual – disponível em audiolivro, porém em espanhol.

Busquei e encontrei no Youtube uma versão em português do texto citado. Compartilho, porque gostei da voz e do cuidado em dar a Ángel o que é de Ángel, sem negar o fundamento fisófico original:

Para saber mais:

O Deus de Spinoza

Fotos: Euzinha, Julio Teixeira e Gabriela Estelian

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