por Sulamita Esteliam
Luiz Inácio Lula da Silva está a caminho do Egito, atendendo a convite especial da Presidência daquele país para a COP27 , a Conferência Mundial pelo Clima, das Nações Unidas.
É o presidente eleito do Brasil a autoridade mais esperada e, certamente, mais festejada do evento mundial, ao lado de Joe Biden, dos Estados Unidos e Emmanuel Macron, da França.
Lula já tem colóquios particulares socilitados por cerca de 10 dirigentes mundiais. Já antes da posse, restaura o protagonismo que o Brasil sempre teve no mundo em questões ambientais.
A delegação brasileira inclui parlamentares da Câmara e do Senado, inclusive o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O presidente da Câmara não está.
Lá estão, sim, deputadas recém-eleitas e aliadas do futuro governo, como Marina Silva (Rede-SP), ex-ministra do Meio Ambiente dos governos Lula, Sônia Guajaras (PSol-SP) e Célia Xacriabá (PSol-MG), deputadas indígenas. Na delegação, dentre outros, o deputado Carlos Veras (PT-PE),
O atual desgoverno, também está lá, mas não passa de figurante:, a despeito da presença do ministro da área, cujo nome a maioria dos brasileiros desconhece – Joaquim Leite. O despresidente não vai, como também não vai ao G20.
Não há lugar para negacionismo quando se discute o destino do Planeta, sob quaisquer aspectos, quanto mais climáticos.
O desgoverno começa a pagar o preço internacional de fazer “passar a boiada”, enquanto o país chorava seus milhares de mortos no auge da pandemia de Coronavírus.
Líder em desmatamento e destruição na Amazônia, mais do que fazer vista grossas, além de tudo estimula a exploração ilegal da floresta, a invasão de territórios dos povos indígena pelo carimpo ilegal e criadores de gado.
Tem, na verdade, muito o que responder pelos crimes ambientais, e humanos, em série.
A COP27 reúne governos mundiais, diplomatas, entidades privadas e representantes da sociedade civil para dicutir formas de reduzir os efeitos poluentes sobre o clima no Planeta.
O foco é a redução das emissões do gás carbônico na atmosfera para manter o aquecimento global abaixo de 2ºC. O primeiro encontro foi em 1995.
Em 2009, com Lula, o Brasil assumiu o compromisso de reduzir o desmatamento em 80% e a emissão do efeito estufa em 36,1% a 38,9%. Meta atingida, praticamente: a redução foi de 78% de 2004 a 2015, sgundo a Agência Brasil.
A mesma fonte indica que, de 2010 a 2013, o Brasil deixou de lançar na atmosfera 650 milhões de toneladas de dióxido de carbono por ano, em média.
O país tornou-se líder mundial em redução de emissão de gases de efeito estufa e ao longo dos governos Lula e Dilma, aumentou significativamente a produção e utilização de energias renováveis.
Com o golpe que derrubou a presidenta Dilma, o desmatamento voltou a crescer, ano após ano, chegando a 76% em 2021, o penúltimo do desgoverno do Coisa-Ruim. É o maior desmatamento em 12 anos.
Os infográficos comparativos são do site lula.com.br:
A agenda oficial de Lula na COP27 se concentra na quarta e quinta-feira, confira:
- Começa às 11 horas, horário do Egito, com o evento “Carta da Amazônia – uma agenda comum para a transição climática”, no final da manhã. O presidente eleito do Brasil se soma aos governadores da Região Norte: Antônio Waldez Góes da Silva, do Amapá; Gladson de Lima Cameli, do Acre; Mauro Mendes, do Mato Grosso; Helder Barbalho, do Pará; Wanderlei Barbosa , do Tocantins; e Marcos Rocha, de Rondônia.
- À tarde, 17h15 no hora local, Lula faz pronunciamento na área da ONU, a Blue Zone.
- Na quinta-feira , se encontra com representantes da sociedade civil brasileira, no Brazil Hub, às 10 horase; e às 15 horas, sempre no horário local, se reúne com o Fórum Internacional dos Povos Indígenas/Fórum dos Povos sobre Mudança Climática.
Antes de retornar ao Brasil, no fim de semana, Lula vai até Portugal, onde se encontra com autoridades do país.
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Fontes requisitadas
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