
por Sulamita Esteliam
Sou do tipo que adora festas, reunir a família, os amigos e cometer bruxarias na cozinha.
Talvez por que seja filha do verão, nascida entre o Natal e o Réveillon.
Talvez por que venho de uma família grande, que adora se reunir em torno de uma mesa ou de uma pista de dança, e ama cantoria… Não, que eu saiba não tenho ascendência italiana, mas portuguesa e espanhola, além, naturalmente, de nossos ancestrais indígenas e africanos.
Talvez por que desde menina fui ensinada a armar um presépio, herdado da tia paterna, Zélia, que é estrela desde quando eu tinha três meses.
Ainda tenho uma ou outra peça sobrevivente, e armo o presépio, todos os anos. Agora, com a desculpa de que casa de avó que se preze, tem que ter um presépio. Ainda que os netos não sejam, mais, tão frequentes.
Mas hoje meu presépio é bem eclético, e mistura artes, culturas e diversidades do nosso povo. Essa gente versátil em tirar alegria da algibeira, em quaisquer circunstâncias. Não temos nada a ver com o clima de ódio com que tentam nos amedrontar – para domesticar.

E, claro, a árvore de Natal também é sagrada. Mudo a estrutura a cada sete anos (7 é meu número de sorte e, uma senhora holística me disse, é o número de Deus). Mas os enfeites, os mais novos, têm pouco mais que a idade da nossa caçula: 21 anos.
Ano passado, tive a felicidade de reunir a família no Recife para as festas de fim de ano – uma parte já na noite de Natal. Outra a nós se juntou para o almoço no feriado, e conosco permaneceu, a maior parte, para as comemorações (assim mesmo, no plural) dos meus 60 anos, e para o Réveillon.
Casa cheia é algo sob medida para meu temperamento elétrico.
Este ano, não temos visita para as festas de fim de ano. O filho, as filhas, netos e neta, cada qual em seu canto, em diferentes pontos do Brasil ou do Planeta, cuidando das próprias vidas. Só a caçula nos acompanha.
Vamos passar o Natal em Natal. E também meu aniversário, e a virada do ano em que nossas vidas receberam a dádiva da renovação.
Temos muito, muito o que agradecer, do ponto de vista pessoal e, até mesmo, coletivo. Foi um ano complexo, mas vencemos as adversidades, e com elas aprendemos, sempre. Espero que façamos o dever de casa.
Da capital do Rio Grande do Norte, ou arredores, vamos celebrar a chegada de 2015.
E que consigamos promover as mudanças necessárias para a consolidação da democracia.
Sob a proteção dos Anjos, do Pai e da Mãe Celestiais. E com as bençãos de Iemanjá e Ogum, que guardam o ano e toda a magia do Universo.
No que depender dos astros, o ano promete.
Que ele venha com muita energia boa, saúde, alegria, abundância e prosperidade para nossas famílias e para o nosso Brasil.
Viajamos nesta terça.
Feliz Natal! Paz e harmonia no ano que vai nascer.
Obrigada pela companhia ao longo deste 2014.

O A Tal Mineira volta no dia 05 de janeiro do ano que vem – ou a qualquer tempo, em edição extraordinária, se motivo houver o bastante …
Inté.
Boas,
Aqui está um blog que tenho que ficar atento! 🙂