por Sulamita Esteliam
Ano de eleições gerais a gente corre o risco de repetir erros de pleitos anteriores. Focamos na chapa majoritária, especialmente ao Executivo, e deixamos para a última hora a escolha dos candidatos ao Legislativo nas eleições proporcionais. Ou seja, para a Câmara Federal e assembleias legislativas.
Em 2018 o risco é ainda maior, pois vivemos sob o arbítrio golpista, com toda sorte de exceções decorrentes da prisão política e arbitrária do candidato líder em todas as aferições de votos, mês após mês. A censura imposta pela mídia venal, parte indissociável do golpe, é apenas um adereço.
Claro que a escolha do candidato é uma opção particular, mas é preciso tomá-la olhando para o todo. Para início de conversa, não se pode esquecer que este Congresso que aí está – que inclui o Senado, votado no sistema majoritário – é responsável pelo Estado de exceção que vivemos.
Partiu dele a fraude do impeachment que derrubou a presidenta Dilma Rousseff, a legítima. Uma rasteira machista e misógina, antes de qualquer outro tipo de julgamento, que não inclui desonestidade nem pedalada fiscal coisa nenhuma.
Nenhum governante pode gerir um país no sistema republicano, sem maioria confortável no Congresso. A menos que se valha de expedientes como a compra de deputados e senadores, o que Dilma sempre se recusou a fazer. Como faz esse desgoverno usurpador, só para ficar nesses tempos que já nasceram de triste memória.
É do Congresso a responsabilidade pela aprovação da PEC do Fim do Mundo, que congela os recursos sociais por 20 anos; o desmonte dos direitos trabalhistas, a entrega da soberania e do patrimônio nacional às multinacionais, com a doação do Pré-Sal às petrolíferas estrangeiras.
É da maioria formada pelo governo golpista a responsabilidade pela volta da fome, pelo desemprego galopante, pelo crescimento triste da violência no campo, contra indígenas e povos tradicionais, pelos índices crescentes de intolerância nos centros urbanos e, até mesmo, da xenofobia que achávamos ser características de sociedades além-mar.
Não sei quanto a você, mas tomei a decisão de, à exceção da Presidência da República, por razões óbvias, votar preferencialmente em mulheres para Câmara, Senado e Legislativo Estadual. Não quaisquer mulheres, mas mulheres de esquerda, mulheres com compromisso com a redução da violência, das desigualdades, da fome.
Sou mineira, mas meu título está em Pernambuco, onde vivo há 21 anos na cidade do Recife, que me encanta e me pegou pelo pé e pela cintura.
Meu voto está resolvido, e vou abri-lo aqui, começando pela minha candidata a deputada Estadual: a advogada e professora de Direito na UFPE, Liana Cirne Lima, 13.313.
Há algum tempo acompanho com vivo interesse suas ações no campo dos direitos coletivos, da cidadania, e em prol da cultura popular. É uma mulher de coragem, com conhecimento da realidade pernambucana, e firmeza de propósitos fartamente demonstrada.
Quem está no Recife pode participar da festa pública que será o lançamento da campanha de Liana, nesta sexta, 24, a partir das 19:00 horas, na Praça do Arsenal, em frente ao Bar Mamulengo, no Antigo.
Logo após a caminhada Lula Presidente, que se concentra na Praça Maciel Pinheiro, na Boa Vista, a partir das 15:00 horas.
Vai ter Som na Rural, sarau de poesia com Luna Vitrolira, TromPTista Márcio Oliveira puxando o Lula Livre. E ainda Maciel Salú e Mestre Barachinha falando sobre cultura popular e mais o bonde feminista conduzido por ninguém menos que Marília Arraes – 1310, minha candidata a deputada federal.
Para o Senado ainda estou em gestação.
Queria votar em Marília para governadora, mas é projeto adiato. Atual vereadora do Recife pelo PT, ela também é anfitriã, só que no domingo, a partir do meio dia, na Boa Vista.
A inauguração do comitê, na Rua Montevidéu, 196 é oportunidade para encontrar os amigos e pegar material de campanha e adesivar o carro, parte da programação.
Como se vê, o fim de semana promete. Não dá para perder, né…!
Sim, #TôComLiana e #TôComMarília, mas estou em Beagá, a minha Macondo de origem, e não estarei nas festas. Aqui, digo que seria uma maravilha votar para o Senado, em Dilma Rousseff, para começar.
E há várias mulheres de fibra, com trabalho e empenho comprovados nas lutas coletivas. Vai ser fácil escolher mulheres deputadas estadual ou federal.
Uma delas, Marília Campos-13.900, lança sua campanha para renovação de mandado na Assembleia Legislativa, na manhã deste sábado, na Praça Íria Diniz, no Eldorado, em Contagem. A lembrar que Marília foi prefeita do município de 2005 a 2012.
Transmito o convive que me foi encaminhado pela assessoria da deputada.
É a partir das 9:00 horas, com a presença da presidenta Dilma Rousseff, candidata ao Senado, e da deputada Jô Moraes, vice na chapa ao governo de Minas.
Mais adiante, o A Tal Mineira vai providenciar postagem com as candidaturas relevantes, do ponto de vista popular, para os legislativos estadual e federal de Minas e Pernambuco. Mera sugestão.
É uma maneira de contribuir com opções para a imperiosa necessidade de renovação nos parlamentos, em todos os níveis. Afinal é lá, nas casas legislativas, que nossas vidas são decididas – para o bem ou para o mal.
Aliás, concluía este texto quando recebi a informação de que a Secretaria Nacional de Mulheres do PT acaba de lançar o aplicativo Elas por Elas, que apresenta as 380 candidatas petistas às Eleições 2018. A ferramenta permite localizar as candidaturas do partido em cada um dos estados brasileiros, registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O app faz parte do projeto Elas por Elas, iniciativa do PT para estimular a participação das mulheres na política. Achei conveniente abrir a postagem com a voto, perfeita para o espírito do texto de hoje.