UFPE inaugura cinema de qualidade aberto à população

Sala ampla e confortável, equipada com tecnologia de ponta – Foto: Paulo Cunha
por Sulamita Esteliam

Vem de Pernambuco, mais precisamente da UFPE, a boa noticia do dia que faço questão de compartilhar para aliviar a pauta e a aura: a universidade inaugura, nesta quarta, o Cinema UFPE, a mais nova sala de exibição do Recife, uma terra amante do audiovisual. É dessas coisas de dar orgulho.

“O nosso cinema vem somar às demais salas públicas de Pernambuco, como as salas do Derby e de Casa Forte do Cinema da Fundação e o São Luiz.”

Palavra do reitor Anísio Brasileiro, que iniciou o projeto, em sua primeira gestão, em 2012.

“Nossa programação será tão instigante quanto a dessas salas, com o melhor do cinema mundial e brasileiro.”

O público-alvo é a comunidade acadêmica, mas não só. O Cinema da UFPE , instalado no Bloco B do Centro de Convenções da universidade, vai suprir carência cultural antiga na Zona Oeste da capital pernambucana.

Programação de alto nível, prometem. De início, são duas sessões diárias, de terça a sábado. Até o fim do ano chega-se a três.

A sala está preparada para exibir filmes em 2D e 3D, oferecendo projeção DCP 4k, com som Dolbyt 5X 1. Tem 178 poltronas, incluindo lugares para cadeirantes e obesos.

Previstas, ainda, a exibição de filmes nacionais com acessibilidade em Libras, LSE e audiodescrição, em parceria com o projeto Alumiar, do Cinema da Fundação. Na programação, também, Sessões Cinemateca, com filmes antigos, em parceria com a Cinemateca Pernambucana.

O projeto é idealizado pelo professor Paulo Cunha, que não cabe em si de contentamento em vê-lo materializado:

 “É um sonho que demorou oito anos para acontecer, enfrentou tempestades terríveis. Mas era uma ideia bela demais para naufragar. Chegamos agora no momento de começar a operar.”

Sob o mote “o cinema é público”, nada mais lógico que dar nome a sala de “Cinema da UFPE”, pura e simplesmente. A coordenadora do projeto é a professora Mannuela Costa, do Departamento de Comunicação Social, que, desde já almeja o papel de fazer diferença:

“Teremos um cinema de caráter público, capaz de se pautar por aquilo que há de melhor na produção audiovisual, e queremos muito ser uma alternativa de qualidade aos cinemas comerciais.”

O investimento para tornar projeto e sonho em realidade foi de algo em torno de R$ 3,5 milhões em sete anos; bancados com recursos próprios da Universidade.

Isso, sim, é future-se!

Em tempos de cortes no investimento em educação, ainda bem que o planejamento garantiu a execução, antecipando-se à míngua. Se já está ruim, não se preocupe porque vai piorar: para 2020, a redução dos recursos do MEC é da ordem de 18%, segundo o PL da Lei Orçamentária encaminhado pelo desgoverno ao Congresso.

A ideia é que o Cinema da UFPE, administrado em parceria com a Fade – Fundação de Desenvolvimento da UFPE – seja autossustentável.

Destarte, a gratuidade se limita às sessões de acessibilidade na comunicação e de formação de plateia. Os ingressos regulares, portanto, serão cobrados à razão de R$ 14,00 a inteira, R$ 7,00 a meia entrada e R$ 6,00 a subvenção para estudantes, professores e técnicos da UFPE.

 

 

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