As incertezas sobre o Covid-19, na opinião médica; e a brincadeira sem graça do Pestilento

por Sulamita Esteliam

Sobram pelas redes sociais opiniões as mais variadas sobre a pandemia e como tratar a doença causada pelo novo coronavírus. Muito leigo e muito oportunista no pedaço. Fora o gado do capiroto-genocida que está aí para garantir o trabalho da dona morte.

Mesmo que tenha brincado de contaminador, apesar de estar testado negativo, ao negar-se a apresentar à nação o resultado do teste. Foi preciso determinação judicial, referendada pelo STF, por requerimento do jornal Estadão, para que o presidente capiroto, finalmente o mostrasse.

Para surpresa de 99% dos brasileiros, ao contrário da maioria da sua comitiva de 40 na viagem a Miami, ele não foi infectado pelo vírus. É o que mostra o resultado de dois exames, um do laboratório Sabin e outro da Fiocruz, com nomes inventados.  A notícia está também no Jornal GGN.

Os laudos são reais ou apenas mais uma dentre tantas farsas!?

Claro que tudo é premeditado para, conforme um assessor, ditar a narrativa. E é o que faz, cotidianamente.  Pousa para o gado como herói nacional, imune ao contágio, e que pode, até, falar verdade eventualmente.

Só que, além de mentiroso, sim, é farsesco.

O Messias é só parte do nome. Ele é a peste incorporada, doravante assinalado como Pestilento, apelido adequado ao boneco que empestou o gramado ao pé da Torre de TV de Brasília, dia 12, Dia da Enfermagem.

Pois bem, em termos de pandemia, o bom senso indica que o que vale são as orientações da OMS – Organização Mundial de Saúde. O caminho para o fim da pandemia, reforça a organização internacional, é longo, e o distanciamento social ainda é a melhor barreira.

Todavia, não custa nada ouvir a opinião de quem realmente conhece o que fala, e não está atrás de 15 segundos de celebridade, mesmo sendo o centro das atenções, como é o caso do chefe da milícia republicana.

A propósito, um amigo mineiro, o jornalista Márcio Metzker foi se consultar em Belo Horizonte, capital das Minas Gerais, e acabou entrevistando o médico, seu velho conhecido. O assunto não poderia ser outro, que não praga do momento.

Escreveu uma crônica sobre a conversa, me enviou pelo zap-zap. Pedi e ele me autorizou a compartilhar com você, que me honra com o acesso diário ou mesmo eventual. O título é da minha lavra.

Vamos lá!

Conversa com um pneumologista

por Márcio Metzker – de Belo Horizonte

Fui hoje ao consultório do meu pneumologista, Dr. Luiz Fernando Pereira, chefe da Pneumologia do Biocor. Mais do que uma consulta, foi uma entrevista. Ele me disse que o terceiro andar do Hospital está todo destinado aos pacientes de Covid, com especialistas em respiradores e terapeutas experientes. Disse que a exatidão dos testes rápidos não chega a 70%, nem de positivo, nem de negativo.

Também disse que na Alemanha são 32 leitos de CTI para cada grupo de 100 mil habitantes, e que nos EUA são apenas sete, e o tratamento é só para os ricos. Quando começaram a relaxar as medidas de isolamento na Alemanha, o número de casos voltou a aumentar.

Para ele, Bolsonaro testou positivo e foi pouco afetado. Só isso explica sua resistência em apresentar os exames, acreditando que tenha ficado imune, o que não é certo. Não há nenhum estudo científico que assegure a imunidade às pessoas que tenham se recuperado, inclusive porque há mutações e novas cepas do vírus sendo identificadas.

Dr. Luiz Fernando disse que a única certeza provada pelos estudos clínicos até agora é que a cloroquina em dose alta mata o paciente. Ainda falta estudar as doses médias e baixas. E fica enfurecido com pseudo-autoridades que tentam implantar protocolos de tratamentos citando renomados especialistas e quando ele vai checar nos estudos originais, ali está escrito exatamente o contrário.

No final da epidemia, ele acha correto somar como vítimas o total de pessoas mortas no período, subtraindo-se aquele número de mortalidade que seria normal. Vítimas serão todos que morreram de Covid-19 e em decorrência das limitações, escassez e transtornos impostos pela pandemia.

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Para finalizar, na dúvida, proteja-see, se puder, fique em casa.

Dois infográficos sobre o contágio por coronavírus. O primeiro é elaboração da UNB. O segundo, capturei no Twitter, mas não consegui resposta sobre a fonte. Adiciono tão logo a obtenha.

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