por Sulamita Esteliam*
O ex-presidente Lula foi convidado a abrir o webinário sobre Educação e as Sociedades que Queremos nas Nações Unidas, na manhã desta quinta, 24.
Sei o que você pode estar pensando: ao menos o Brasil tem alguém com estatura capaz de minimizar o estrago na imagem do país feito por quem oficialmente deveria representá-lo com um mínimo de compostura.
Agora, se coloque no lugar do outro, sendo quem é. Inventa outra farsa para fingir desprezo: faz uma live com o des-ministro do meio ambiente.
Bom, vamos ao que interessa: o seminário internacional está inserido na 75ª Assembleia Geral da ONU, e teve ainda a participação do ex-ministro da Educação dos governos Lula, Fernando Haddad.
O convite veio da relatora da ONU para o Direito à Educação, Koumbou Boly Barry, que lembrou o interesse mundial pela experiência brasileira na área durante os governos Lula e Dilma.
Também participaram do evento o ganhador do Prêmio Nobel da Paz, o indiano Kailash Satyarthi, a diretora-geral da Parceria Global pela Educação, Alice Albright.
O seminário foi promovido pela Icesco – Organização do Mundo Islâmico para Educação, Ciência e Cultura, em parceria com a relatoria especial para direito à educação da ONU. O Instituto Lula e a Campanha Nacional pelo Direito à Educação integram a realização.
No discurso, Lula lembrou o esforço dos governos do PT pra enfrentar o desafio de séculos de desigualdades na educação no Brasil, resumindo o que tem sido seu mantra:
“Pela primeira vez na história, a maioria pobre, negra e trabalhadora do povo brasileiro foi colocada no centro e na direção das políticas públicas”.
Pela primeira vez os pobres entraram no orçamento do Estado, não como um dado estatístico, muito menos como um problema, mas como a solução dos problemas do desenvolvimento do país.”
Nunca é demais lembrar que 32 milhões de pessoas foram retiradas da pobreza extrema durante os governos Lula e Dilma. O Brasil saiu do Mapa da Fome da ONU e 21 milhões de empregos formais foram criados no período.
Se aqui dentro a memória é fraca, esse feito é reconhecido mundialmente, e foi citado por participantes do seminário. Por exemplo, Salim al Mailik, diretor geral da Icesco:
“Todos testemunhamos as mudanças que você fez quando presidente do Brasil. Sua abordagem, de que os pobres são parte da solução, e não o problema, é uma coisa que quase todos os países do mundo precisam colocar em prática”.
Lula também lembrou uma frase do educador para homenagear o conterrâneo Paulo Freire, cujo centenário de nascimento acontece em 2021:
“A Educação é libertadora, no mais amplo sentido que se pode dar à palavra liberdade”.
Clique para ler a íntegra do discurso. Assista ao vídeo:
* com Instituto Lula e lula.com.br