por Sulamita Esteliam
No mundo inteiro a notícia que abre a semana é a da vitória espetacular em favor de enterrar, definitivamente a Constituição da ditatura sangrenta de Pinochet no Chile: 78,20% votaram “Aprovar”, por uma nova carta que inclua os direitos das maiorias.
O povo foi às urnas neste domingo no plebiscito que definiu também a eleição de uma comissão exclusiva para elaborar as regras da nova Constituição, que concluída, irá à aprovação popular antes de ser implantada.
A campanha pela nova Constituição veio no rastro dos protestos massivos e violentos contra os abusos praticados pelo neoliberalismo em 40 anos de vigor da Carta.
Assim está fechado o circuito de transição para uma democracia plena e participativa. As muitas alterações feitas após o período de democratização focavam no afastamento dos militares, mas manteve a estrutura perversa do capitalismo predador e opressivo imposto pelos chamados neoliberais.
Inveja boa.
Consolidada a vitória, o povo voltou à Praça Itália, rebatizada de Praça da Dignidade, após as jornadas de outubro do ano passado. Com pandemia, com tudo, a bandeira mapuche voltou a reinar.
” Viva o Chile, merda!”.

O Página 12 abre o salve. Transcrevo, via Carta Maior, resumo de como os principais jornais internacionais deram a notícia, com os links para o acesso à íntegra:
Página 12, Argentina | “Viva Chile, merda! Com sólidos 78%, o povo chileno enterrou a Constituição de Pinochet. O plebiscito foi arrancado do governo Piñera pelas grandes mobilizações iniciadas há um ano. O triunfo da “Aprovar” abre caminho para uma Convenção Constitucional que incorpore os direitos das maiorias. Embora todas as pesquisas previssem o triunfo da opção “Aprovar”, nenhuma previu um número tão espetacular: 78,20 por cento contra 21,80, com 86 por cento das tabelas contadas, abrindo assim o tão esperado processo de mudança da Constituição de 1980 elaborada pela ditadura de Pinochet e que ainda governa o Chile, com modificações que visam mais afastar os “militares”, mas mantendo um modelo econômico que beneficia as empresas contra os cidadãos. |bit.ly/35E04xa
El Desconcierto, Chile | Adeus general: Chile termina com a Constituição de Pinochet e fecha sua transição para a democracia em um plebiscito histórico. Foram quatro décadas e muitas coisas aconteceram durante elas. O final da Constituição de 1980 marca um marco em vários aspectos: fecha a transição pactuada de um modelo administrado pela classe política e abre um novo período da história com um forte componente cidadão. |bit.ly/3dVrkeu
The Guardian, Inglaterra | O Chile votou esmagadoramente a favor de reescrever a constituição do país para substituir os princípios orientadores impostos há quatro décadas sob a ditadura militar do general Augusto Pinochet. Partidários da reforma, em júbilo, foram às ruas da capital Santiago e outras cidades para comemorar na noite de domingo, depois que as urnas mostraram que 78,24% das pessoas votaram pela aprovação de uma reescrita, enquanto 21,76% rejeitaram a mudança. Os eleitores também foram eleitos para a nova constituição a ser inteiramente redigida por um corpo eleito pelo povo – o que significa que nenhum legislador ativo pode estar envolvido no processo. |bit.ly/3e4R347
The New York Times, EUA | ‘Um fim ao capítulo da ditadura’: os chilenos votam para redigir uma nova constituição. Os eleitores aprovaram de forma esmagadora uma oferta para cancelar o estatuto herdado da ditadura do general Augusto Pinochet, uma medida que poderia definir um novo curso para o país. |nyti.ms/2TrUkAY
El País, Espanha | O Chile escolheu este domingo para superar o legado mais pesado de Augusto Pinochet, a atual Constituição. Os cidadãos aceitaram a oferta da instituição política para iniciar um caminho constituinte para canalizar o descontentamento que explodiu na forma de protesto e violência apenas um ano atrás, em outubro de 2019. A participação, chave para dar legitimidade à consulta, chegou 50%, em linha com a média desde que o voto voluntário foi decretado em 2012. E imagens da eleição |bit.ly/3mrRVmv|bit.ly/34us479
Le Monde, França | No Chile, o sim a uma nova constituição vence largamente. 78% dos eleitores votaram no domingo a favor de uma nova constituição, que substituirá a adotada durante a ditadura do general Pinochet. O texto será elaborado por uma Assembleia especialmente eleita para a ocasião. |bit.ly/37Mej5N
La Presse, Canadá | Os chilenos votaram esmagadoramente a favor de uma nova constituição para substituir a herdada da era Pinochet no domingo em um referendo realizado um ano depois de um massivo levante popular contra a desigualdade social. |bit.ly/2HyqOqL
Libération, França | Uma grande maioria dos chilenos aprovou no domingo a ideia de substituir a Constituição herdada da era Pinochet. Um resultado que deve engavetar o sistema neoliberal em vigor após anos de protestos. |bit.ly/34tatfH
The Sydney Morning Herald, Austrália | Chega de abusos: Chile vai descartar a constituição da era Pinochet após votação expressiva. Os chilenos votaram esmagadoramente para reescrever a constituição da era da ditadura do país sul-americano, que seus críticos veem como favorável a níveis profundos de desigualdade socioeconômica que alimentaram uma onda de protestos violentos em 2019 e 2020. |bit.ly/3mulfJ7
La Jornada, México | Não há outra maneira de dizer: a demanda por uma nova constituição, que substitua a de Pinochet e acabe com o neoliberalismo no Chile, arrasou com cerca de 80% do apoio à “rejeição”, em um plebiscito que supõe o fim da marca neoliberal que pautou o destino do país nos últimos 40 anos. |bit.ly/34zbvap
La Vanguardia, Espanha |bit.ly/3jsLy03
La Diária, Uruguai |bit.ly/3oumEkE
Tribune de Genève, Suíça |bit.ly/34u5w6w
El Diário, Espanha |bit.ly/35xRcZX
El Periódico, Espanha |bit.ly/3judReE
The Wall Street Journal, EUA |on.wsj.com/31H1S7s
La Croix, França |bit.ly/34vE1cK
La Repubblica, Itália |bit.ly/3e0ukWI
El Espectador, Colômbia |bit.ly/37HLMhD
Diario Correo, Peru |bit.ly/3jvzpHU
Tiempo Argentino, Argentina |bit.ly/34wCkvQ
Olá boa tarde eu me Chamo marcus Vinícius neto de Gercina gostaria muito de lhe conhecer se for possível e claro …