por Sulamita Esteliam
Náusea se sobrepõe à raiva. A indignação permanece intacta.
As redes pipocam, desde o fim de semana, com a publicação a conta-gotas de trechos inéditos do diálogo da vergonha entre o, agora ex, juiz Sérgio Moro e o procurador-chefe da operação Lava Jato, Deltan Dallangnol, e dos procuradores miúdos entre sim.
Se dúvidas havia sobre a farsa e as ilegalidades dos processos contra Lula e sua condenação para tirá-lo do páreo das eleições presidenciais 2018, agora não resta mais.
Nesta segunda, o ministro da Suprema Corte, Ricardo Lewandowski, levantou o sigilo da troca de mensagens entre os procuradores da Operação Lava Jato e o então juiz Sérgio Moro, via Telegram.
O que se desnuda só reforça o que já foi revelado pela Vazajato, série de reportagens do The Intercept Brasil há dois anos. Trata-se, sem dúvidas, do maior escândalo do Judiciário Brasileiro, bandalha que contou com a leniência de ao menos dois ministros do STF, como aponta o colega Luis Nassif.
As conversas foram obtidas pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O próprio Lewandowski determinou o acesso dos advogados ao material apreendido na chamada Operação Spoofing, que investigou o rastreamento dos celulares de várias autoridades, dentre as quais Moro e membros da força-tarefa da Lava Jato.
O conteúdo das investigações foi incluído no processo que pede a suspeição do ex-juiz, neste 1º de fevereiro. O Habeas Corpus dorme nas gavetas do STF há mais de um ano. A ver no que vai dar.
São 50 páginas de tricotagem que escancaram a parcialidade de Moro e o uso político da toga para atingir o adversário transformado em réu.
Tudo com o empenho da mídia venal, com a cumplicidade de coleguinhas, no ofício cruel de desmontar reputações de quem é considerado e tratado como inimigo pelo patrão. “Abutres”, é como são tratados pelos procuradores nas conversas captadas. Merecem o epíteto.
A propósito, boa hora de rever o documentário produzido pelo Comitê Nacional Lula Livre a respeito da suspeição de Moro.
Moro, Dallagnol e seus comandados cometeram diversos abusos e ilegalidades, rasgaram a Constituição Federal e conspiraram contra o Estado democrático de direito.
As provas contra eles são abundantes e estão aí na internet, consignadas nas reportagens da Vaza Jato para quem quiser ver.
Mas quem, como eles, têm Fachin, Fux e Barroso como amigos acha que pode tudo, inclusive conspirar contra a própria nação e destruir o país em favor de interesses norte-americanos.
“in fux we trust” , “o Fachin é nosso” e um jantar secreto na casa do Barroso, conforme amplamente divulgado pela mídia !!
Moro, Dallagnol et caterva deveriam dar graças a Deus por terem nascido no Brasil, e não na China, Irã ou Japão, pois lá, ao contrário daqui, já teriam sido condenados à pena de morte por fuzilamento em praça pública há muito tempo.
É dessa forma que se punem conspiradores por lá !!