por Sulamita Esteliam
O 7 de abril é dia de celebrar a Saúde, mundialmente. No Brasil, este ano, choramos a morte de 337 mil pessoas por Covid-19, o patamar de 4 mil óbitos ao dia, e a negação da vida e da ciência, e a submissão ao império da ignorância.
Também nesta data, aqui se comemora o Dia do/a Jornalista, se é que temos o que celebrar. Num país pária, párias somos todos, e nos tornamos a quinta essência do nada.
Mas ainda assim nos orgulhamos de ser, aqueles e aquelas que fazem da responsabilidade o compromisso com os fatos e o bem comum, e das humanidades o seu campo de batalha. Inscrevo-me nessas fileiras.
E foi no 7 de abril, há três anos, que o melhor presidente deste país, atestado por pesquisas de popularidade, se despediu do povo para ser encarcerado na Polícia Federal de Curitiba. Acusado e condenado pelo crime de ser quem sempre foi, de suplantar barreiras para fazer a diferença.
A imprensa, que é feita pelos donos do negócio, mas que não se faz sem jornalistas, é parte ativa da trama. A patranha que nos trouxe até aqui.
Lula agora está solto e livre para reassumir o protagonismo de uma aliança necessária para reerguer um Brasil que submerge no caos. O bandido era o juiz.
E a mídia, e alguns jornalistas do topo da cadeia informativa, percebe-se, estão em pânico, mas seguem manipulando ou fingindo que não é com eles para fugir ao mea culpa e ao imperativo da verdade.
Nas Minas Gerais, o estado que se quer síntese do Brasil, a Universidade Federal alerta para uma possível nova cepa do Coronavírus.
Isso mesmo. Reúne, nada menos, que 18 cepas derivadas, todas as criaturas emancipadas no Brasil e em outras partes do mundo, tudo junto e misturado como numa suruba tropical.
Síntese para ninguém botar defeito. E que prenuncia tempos ainda mais terríveis pela frente.
Mas não há de ser nada, pois que cultos e missas estão liberados e Deus, que já foi brasileiro, há de se lembrar de salvar essa gente piedosa. Que seja a custa dos dízimos que alimentam a ganância dos vendilhões dos templos. Os chicotes estão apodrecidos.
O desgoverno cumpre seu papel de alimentar o caos, como um sedento em meio ao deserto. Há cloroquina às toneladas nos depósitos do Exército, e nenhuma providência para alimentar os famintos que se atropelam nas filas da caridade.
Fome, que fome se a miséria é verde e amarela, e a lista da Forbes está encorpada? Os banqueiros se jactam e os empresários se contentam em não ter que pagar salários decentes e manter direitos. E concedem jantar com diabo.
E as instituições funcionam normalmente. A Câmara até oficializou o fura-filas da vacina. As empresas, as grandes porque as pequenas não têm brevê, vão se habilitar ao tráfico internacional de vacinas.
Sempre resta o Senado para restabelecer a vergonha. Presidido por um filho da casta mineira que foi pega com o braço na seringa da vacinação clandestina, será que a Casa dos Estados vai barrar a indignidade?
Esperta engolindo espertos, dizem que as famílias alterosianas pagaram 600 reais por injeção de soro fisiológico. Se assim for, o 171 saiu pela culatra, o que é muito bem feito.
Mas não me surpreenderia se a armação incluir o disfarce de passar por otários para fugir às consequências da irresponsabilidade. A falsa enfermeira golpista serve como uma luva.
Enquanto isso, a Anvisa – do cavaleiro hospitalário, da Cruz de Malta dos cristãos militares impressa na máscara de proteção contra a peste – nega aprovação à Sputinik comprada pelos governadores para sanar a imprevidência propositada do desgoverno.
Afinal de vacina comunista o Brasil está cheio.
E o Butantã , naquele jeito tucano do ser ou não ser, talvez quem sabe, anuncia que acabaram-se os insumos para produzir CoronaVac, mas a China vai garantir a remessa, mesmo com atraso.
Ainda bem que tomei Aztrazeneca/Oxford, que vem da Índia, mas também carrega DNA chinês.
Digo que tive todos os piripaques possíveis ao longo dos dias que se seguiram à bendita segunda-feira, 29 de março.
Na primeira noite, frio de bater os dentes e não conseguir segurar um copo, calçar meias, vestir pijama e casaco; depois febre, dor de cabeça e diarreia. Nos três dias que se seguiram, parecia que estava sob efeito de uma baita ressaca.
Assim como veio, passou. Na sexta já estava bem, e no fim de semana ousei a cervejinha da lei, sem efeitos colaterais. A segunda dose, da vacina, só no final de maio, mais provável início de junho.
Vou cuidar de não agendar para uma segunda-feira, e garantir o jejum etílico para consolidar a transformação em jacaré. Sem estresse.
Vacina pública e gratuita para todos.
Auxílio emergencial decente para quem precisa.
E viva o SUS, a Fiocruz, o Butantã, as Universidades, a Ciência!
Abaixo a ignorância. Basta de genocídio.
Foto Lula: capturada em lula.com.br
Poema Jornalista: Facebook/Eustáquio Trindade Neto
Clique para conhecer o manifesto Abril pela Vida.
Trata-se carta aberta de organizações, pesquisadores e especialistas de Saúde pública, Economia e Políticas Públicas ao presidente da República, Governadores e Prefeitos.
Requer a adoção de quarentena rígida de três semanas em abril, com pagamento de auxílio emergencial decente em parcela única e auxílio às pequenas e médias empresas, para barrar o avanço do Coronavírus e poupar vidas.
Três semanas seria o tempo necessário para as vacinas começarem a produzir efeito significativo para reduzir mortes.
Quase 80 mil pessoas já assinaram em apoio às sugestões. Clique aqui para assinar também.
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Fontes requeridas:
Jornal GGN
Cientistas da UFG descobrem nova variante do Coronavírus
Sítio do Lula
Em carta, Lula sugere governança global contra a Covid: ‘Não há saída individual’