por Sulamita Esteliam
Um governo eleito por mentiras, com farsas sobrepostas só pode desgovernar com mentiras e farsas acumuladas. O A Tal Mineira insiste nesse tema porque nele está a raiz da nossa debacle, do nosso tormento.
O colega Joaquim de Carvalho, experiente jornalista hoje colunista do Brasil 247, percorreu os caminhos que levaram à armação que decidiu as eleições presidenciais de 2018: a facada que, Euzinha desde o episódio estou convencida, não houve no candidato que hoje desmantela o Brasil.
O candidato, ora presidente, estaria com cirurgia intestinal marcada em hospital da elite paulista. E de fato perdeu 10 cm do intestino grosso, possivelmente por causa de um câncer. Fez um colonoscopia e durante muito tempo, enquanto passou a carregar uma bolsa para reter as fezes.
A versão oficial conta que o então candidato à presidência foi esfaqueado quando cumpria agenda eleitoral em Juiz de Fora (MG), em 6 de setembro de 2018.
Não há uma gota sequer de sangue em qualquer uma das fotos do “atentado” – nem no corpo nem na roupa nem no chão da pastelaria onde ele foi deitado no chão antes de ser resgatado com rapidez, para a Santa Casa.
Por outro lado, sobram informações contraditórias e coincidências inacreditáveis no enredo.
O autor do golpe, Adélio Bispo de Oliveira, um homem tosco, pobre e simples e de ideias toscas, tanto quanto o candidato e a turba que o segue.
Ao que tudo indica foi usado como boi de piranha. Um dos inquéritos abertos pelo STF, já se noticiou, chegou ao filho 02 do capiroto, como envolvido na armação.
O “agressor” foi preso em flagrante e depois declarado inimputável por problemas mentais. O inquérito foi encerrado pela Polícia Federal.
A hipótese que não foi investigada, lembra Joaquim de Carvalho, “é de que a própria equipe da campanha tenha planejado o atentado para gerar fato político”.
Há quem questione a versão de que tudo foi armado, é preciso dizer. Não é a primeira vez que coleguinhas tentam desacreditar a hipótese da armação, que já circulou por outras vias. Briga de egos. Carvalho ao menos investigou e mostra a cara.
Ademais, o fato é que o candidato que acabou vencendo o processo eleitoral – com disparos de mentiras pela zap-zap, sem ter comparecido a nenhum debate – “tinha 8 segundos na TV e passou a ter 24 horas”.
É essa questão, lógica, que leva o deputado Alexandre Frota, ex-apoiador do capiroto-presidente, hoje no PSDB, a pedir a abertura de CPI para investigar o providencial ataque.
O documentário que resgata a memória e atiça a inteligência nacional aviltada por mentiras a granel: “Facada ou fakeada?”
*******
Fontes requisitadas:
Brasil 247
Bolsonaro e Adélio: Uma fakeada no coração do Brasil
Frota: Facada foi armada e tem Carlos Bolsonaro por trás de tudo
Um desafio aos jornalistas preguiçosos que atacam documentário sobre fakeada: debatam comigo