por Sulamita Esteliam
Antes que setembro se despeça, há um acontecimento importante, que mantém meu pensamento lá na capital das Gerais: a exposição Solo – Álbum de Glórias Musicais, do querido Genin Guerra.
Está no Salão do CREA-MG, até sexta-feira, 1º de outubro, de 14:00h às 18:00h. Quem é de ou está em Belo Horizonte não pode perder. São dezenas de esculturas em cerâmica, a partir de caricaturas de ícones da música popular brasileira.

Fosse pouco, ainda há réplicas em resina que pode ser visitada e sentida ao toque, com legendas em braile e em QR Code, que aciona o áudio.
O trabalho tem o aval da Lei de Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, com patrocínio da Cemig. Todos os trabalhos expostos são parte do livro de mesmo nome, lançado em fins do ano passado – dei-me um exemplar de presente.
Cada obra é apresentada por outro artista e/ou jornalista, a exemplo de Cau Gomez, outro mineiro do traço, premiadíssimo como o próprio Genin Guerra. Lá também, dentre outras, está Erli Fantini, ceramista que iniciou o gênio a moldar no barro o que sua cabeça deságua em linhas.
Vinte e cinco por centro da tiragem foi destinada à distribuição gratuita a bibliotecas públicas, comunitárias e de instituições culturais. Contrapartida da lei de incentivo à cultura.
Estava na terrinha em meados de setembro, e tive a honra da oportunidade e a felicidade de estar presente na abertura, dia 15. Um banho de arte, simpatia e afetividade do artista, sua companheira Rita e da gente amiga, culta e agradável que o cerca. Foi revigorante.
O engenheiro que descobriu sua paixão pelo traço ao desenhar a professora num reluzente vestido vermelho, confessou a esta velha escriba em entrevista ainda em março de 2018, quando fez a primeira exposição das obras, na velha Macondo.
Quem por aqui navega certamente conhece o trabalho do Genin, nascido Luiz Eugênio Quintão Guerra, na Itabira das Gerais drummondiana.
Uso e abuso da sua generosidade, aliás, dos cartunistas que distribuem seus talentos com humor e empatia solidária.
Sou grata pela dádiva de andar em boas companhias.

Em tempo: novamente caí na abstinência aqui no blogue. Dias que antecedem viagem e os que se seguem embrulham o meu fazer de tal forma, que não consigo assentar-me e escrever. A concentração galopa a mil por hora… o jeito é deixar voar.