Olha a estreia! Projeto de rádio ao vivo, direto dos mercados e praças do Grande Recife

por Sulamita Esteliam

Tem estreia neste sábado, 15 de janeiro. Melhor dizendo, reestreia do Programa Banco de Feira/Violência, Zero! Ao vivo, direto do Canto Sertanejo, nos Boxes 85 e 86 do Mercado Público da Madalena, no Recife. A partir das 9:30h. Perde não!

No Violência, Zero!, a Literatura e os Direitos Humanos dão o tom da conversa. O escritor Urariano Mota e o ex-juiz de Direito e advogado Brasílio Guerra, também ex-integrante do Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares, o Gajop.

A apresentação é desta velha escriba, que aqui no blogue e nas redes sociais atende pelo codinome A Tal Mineira.

E numa mistura cultural boa danada, que é o Banco de Feira, tem a poeta, performista e declamadora, educadora popular, mestra e doutora em Saúde Pública, Mauricéa Santana. Ela interpreta crônicas poéticas de sua lavra, focada no cotidiano da vida das mulheres.

No segundo bloco, o Grupo Folclórico Egídio Bezerra, sob a direção da Professora Zenaide Bezerra, da Comunidade do Cardoso, na Madalena. Junto com o Trio de Forró, Coco de Roda e Xaxado.

O comando aí é da Zefinha Paridera, personagem do humorista premiado, Carlos Amorim,com sua simpatia e irreverência. Em parceria com a jornalista e cantora Cirlene Menezes.

Tudo com todos os cuidados sanitários e com tradução simultânea em libras.

A transmissão é pela Rádio Guarany AM 1300, de Camaragibe, com retransmissão pelas Rádios Mais FM Recife 104,7 e Conexão Jovem FM 104,3 de Olinda.

Você pode acompanhar pela rede, via aplicativos Rádios NET, Tune In e também pelos sites das Rádios. Nosso endereço no Instagram é @programabancodefeira/. Um vídeo do programa pode ser visto também no Youtube; depois compartilho o endereço.

A realização do projeto tem incentivo do Funcultura – Fundo de Cultura de Pernambuco, da Fundarpe, Secretaria de Cultura PE e do Governo do Estado de Pernambuco.

Posso dizer que estou feliz demais com a possibilidade de retomada desse projeto. Há 12 anos, foi meio que um canal de sobrevivência emocional para mim. Euzinha acabara de ser demitida de um trabalho a que dedicara 12 anos de vida profissional, por questões políticas.

O programa foi um sopro de brisa fresca na minha autoestima combalida.

Sob a direção do amigo jornalista e radialista, Ruy Sarinho, ficamos no ar por sete meses, pela Rádio Olinda. Trabalho voluntário, mas prazeroso.

Daí que chega a dar frio na barriga, tamanha a emoção da retomada.

Ousadia que se renova: levar a mercados e praças públicas o debate sobre direitos humanos, agora conectado à literatura, e valorizando a cultura popular local.

Estamos vivos e dispostos para a nova jornada, a despeito do baixo-astral que insistem em nos impor neste país. Desta vez, nos espalharemos por todo o Grande Recife, até setembro, agora com o apoio do Funcultura/Fundarpe.

Sou grata.

Dedicado à causa dos direitos humanos, o Violência Zero nasceu nos anos 80 do século passado. O Gajop estava entre os produtores e a bancada de apresentadores era formada pelo jornalista Urariano Mota e pela cienasta Taciana Portela, sob a direção do Ruy Sarinho.

Na versão de 2010, o programa era veiculado nas manhãs de sábado, também. No princípio era apresentado do estúdio, mas ganhou as ruas, praças, feiras e mercados públicos do Recife e de Olinda, por sugestão desta velha escriba.

Passou, então, a fazer dobradinha com o Banco de Feira, outra invenção do Sarinho, que era feito nos mercados. Os apresentadores de então era o Véio Mangaba-Valmir Chagas e a Pastora Cici-Cirlene Menezes, personagens da genuína cultura pernambucana.

Os dois programas estrearam no início de fevereiro e foram tirados do ar no final de agosto. A rádio, que pertence à Arquidiocese de Olinda e Recife, alegou “falta de patrocínio”, que de fato não existia.

Na verdade, pagávamos para trabalhar, e com gosto. As foto abaixo são do meu acervo pessoal: do último programa da versão 2010, no Mercado da Encruzilhada, no bairro de mesmo nome, na Zona Norte do Recife. O maridão e uma amiga clicaram.

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