por Sulamita Esteliam
Tem pessoas que já nascem iluminadas, e mostram quem são desde criança. É o caso do menino que, comovido com a mãe chorando pelos cantos da casa, ligou para o 190, o número da Polícia Militar, e disse: “Estamos com fome: eu, meus irmãos e minha mãe”.
Deu-se em Santa Luzia, município da Região Metropolitana de Belo Horizonte, lá nas Gerais. A notícia está no jornal O Globo do dia 3 de agosto. O G1 também conta a história, com direito a entrevista da mãe e da criança.
A atitude comoveu a tropa do 35º Batalhão da PM, que, depois de checar se a fome n~~ao envolvia maus tratos, providenciou uma cesta básica para a família do garoto.
E segundo afirmaram à reportagem, vai garantir a continuidade da doação, abrindo-se para receber contribuições da comunidade.
A realidade que atinge milhões de brasileiras e brasileiros, famílias inteiras, crianças de todas as idades, Brasil afora: 33 milhões à beira da inanição, 60 milhões que não fazem todas as refeições diárias.
Desta vez, ganha o noticiário pela pró-atividade de um menino, faminto. Uma família chefiada por mulher, mãe de seis filhos, negra e desempregada, que sobrevive de bico, quando há.
Retrato pronto e acabado da “democracia” tupiniquim.
E como dói.
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