Educação sexual ajuda a prevenir abusos

por Sulamita Esteliam

O noticiário não nos deixa esquecer do que o ser humano é capaz. Mas nada é mais aviltante, teratológico, revoltante e desesperador do que a violência sexual contra criança e adolescente. Nem bebês escapam da perversão, e isso torna tudo muito mais horripilante.

Entretanto, a realidade está aí, a esfregar na nossa cara quanto animalesco o tal do ser humano pode ser. E isso acontece, no mais das vezes, dentro de casa,por parentes próximos, não raro os pais, ou gente conhecida da família.

O pior é que na maioria dos casos fica entre as quatro paredes, por que a criança não é levada a sério, ou por diferentes temores e carências, quem deveria reagir, buscar ajuda, não consegue se over. O resultado é o sofrimento individual e coletivo, e traumas irrecuperáveis para toda uma vida.

Não é receita de bolo, mas é possível e imprescindível tentar prevenir. E a educação, afetiva e sexual, em casa e na escola, é o melhor caminho.

A lembrar que a Constituição Federal e o ECA estabelecem que a responsabilidade de proteger a criança e o adolescente é compartilhada entre a família, o o Estado e a comunidade.

Minha experiência pessoal – de alvo de abuso ou tentativa de, na infância e no começo da adolescência -,  meu histórico de mãe e avó me diz que, mais do que sempre alerta, o fator confiança mãe-pai é fundamental.

Tanto quanto a educação sexual desde cedo: a criança tem que se sentir à vontade para contar seja o que for para a mãe, sobretudo; e ela que estar preparada para crer, acolher a cria e tomar as providências legais, médicas e psicológicas necessárias.

E aí me vem à cabeça uma piada que, a primeira vista, aponta para preconceito e racismo, mas que infelizmente traduz a vida como ela é, e que serve bem para o que se quer demonstrar: um pai judeu brinca com o filho no balcão da loja, e o estimula a pular em seus braços:

– Pule, Josef, pule! Papai segura você.

O menino hesita, mas o pai insiste, e ele pula. O pai dá um passo para trás e a criança se esborracha no chão e, claro, põe-se a chorar, mais pela frustração da confiança do que pela dor da queda.  Ao invés de consolá-lo, o pai, lhe traduz a moral da história:

– Confiar nem no papai.

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Resgatei e compartilho texto importante sobre o assunto. O mote é repercussão do caso de estupro de uma menina em Santa Catarina, alvo de decisão abusiva de uma juíza sem noção, em meados do ano passado..

São reflexões de  Ana Claudia Cifali, coordenadora Jurídica do Instituto Alana, organização que promove os direitos da criança.  São parte de entrevista concedida ao Blog Bruna Ribeiro, no Estadão:

A importância da prevenção sexual e institucional contra crianças e adolescentes

Quando a intolerância é derrotada, é preciso esperançar…

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