Ação popular para anular o impeachment e restaurar a Democracia

por Sulamita Esteliam

Demorou a engatar, mas finalmente há ações concretas com vistas á anulação da fraude do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o golpe parlamentar-jurídico-midiático que garfou 54,5 milhões de votos, sem crime de responsabilidade fiscal.  E que nos colocou no fundo desse precipício pantanoso em que afundam país e instituições.

O Movimento Nacional pela Anulação do Impeachment, criado no início do ano, lança campanha pela coleta de assinaturas para ação popular para exigir do Supremo Tribunal Federal que julgue o mandato de segurança que dormita nas gavetas da Corte.

Pior, nos escaninhos fuliginosos de Alexandre Moraes, aquele mesmo ex-ministro da Justiça do desgoverno, escolhido relator no sorteio da conveniente, para dizer o mínimo, da roleta do STF.

Vê-se  que é tarefa hercúlea, em todos os sentidos. Mas resistir é imperativo. A ideia é reunir 1,3 milhão de assinaturas, o equivalente a 1% do eleitorado, e entregar a ação ao STF, o quanto antes.

A coleta está sendo feita em papel, uma vez que as organizadoras creem ser mais expressivo levar um “calhamaço” de papéis, fisicamente, ao vivo e em cores ao Supremo. O lançamento ocorreu durante a manifestação da greve geral do dia 30, em São Paulo, e já se espalha país afora.

Há comitês instaurados em algumas capitais e cidades do Brasil e no exterior, onde as assinaturas estão sendo coletadas regularmente.

Mas você pode ajudar, clicando e salvando a imagem ao lado, ou baixando a partir da página do movimento no Facebook. Junte o chamegão da familiarada, e dos amigos, e  vizinhos, e  ajude a engrossar a batalha pela restauração constitucional da democracia.  Seu futuro e o de seus filhos e netos, agradece. Depois, basta remetê-los para:

CAIXA POSTAL 19.057
VILA NOVA CONCEIÇÃO
SÃO PAULO – SP
CEP 04505-970

No Recife, manifestante se posiciona – Foto: SEsteliam

Sei que você deve estar pensando se não é um contransenso, uma vez que o STF não tem se mostrado confiável, um tribunal como os tribunais que fazem política sob a sisudez aparente das togas. É verdade.

Mas também é fato que é o que temos, o que nos resta. A Corte, queiramos ou não, “é o último reduto da cidadania”.

Palavras – ao vento? – do ministro Marco Aurélio Mello, o mesmo que mandou o mineirim garganta profunda de volta ao Senado, e coberto de elogiosos nodosos e nauseantes.

Aliás, vale muito à pena ler o artigo do Eugênio Aragão, vice-procurador-geral aposentado, e ex-ministro da Justiça do governo Dilma, a propósito desse ato e da remessa para prisão domiciliar do ex-deputado e aviãozinho do mordomo usurpador Rocha Loures. O saco de “bondades seletivas”do STF Está publicado no blogue do Marcelo Auler, e reproduzido no blogue do autor no portal do GGN.

Eneida Costa, amiga-irmã jornalista, que presidiu o sindicato da categoria em Minas, provoca no Facebook: “É ironia, não é Marco Aurélio?”

Tomara fosse.

Ocorre que tais ministros não são eleitos por nossa vontade. Os senhores que lá estão, estarão até se aposentarem com seus milhares no contracheque pagos pelo erário, por nós contribuintes que deveríamos ser respeitados como tais, e como cidadãos.

A hipótese remota de impeachment de qualquer um deles, depende de representação ao Senado de que dispomos.  Ou seja, lascou tudinho, como bem se expressa a gente pernambucana.

Resta-nos, assim, instá-los a cumprirem seu papel de guardiães da Constituição Federal, e portanto do Estado Democrático de Direito. São regiamente pagos para isso.

Tem plena razão Eva Aguilar, enfermeira aposentada e ativista, que está à frente da coleta de assinaturas. Ela resume à Rede Brasil Atual: o que este A Tal Mineira tem batido na tecla há mais de um ano:

“A gente sabe que o Supremo é golpista, que está alinhado com as forças do golpe, mas a gente tem que fazer um contraponto, uma oposição a isso. Se o povo pressionar, vai ser outra força e vai fazê-los pensar. É isso que está faltando aqui no Brasil, essa resistência popular de fato.”

PS: Confira o mapa dos Comitês pela Anulação do Impeachment no Brasil, e a relação com os respectivos endereços no Facebook, incluindo um no exterior, em Zurique, Alemanha:

Comitê Internacional pela Democracia no Brasil – Zurique
https://www.facebook.com/Comit%C3%AA-Internacional-pela-De…/

Movimento Nacional pela Anulação do Impeachment
https://www.facebook.com/causaMNAI/

Comitê Anula o Golpe Volta Dilma – Porto Alegre
https://www.facebook.com/VoltaDilmaPOA/

Anula STF e Volta Dilma – Fortaleza
https://www.facebook.com/AnulaSTFVoltaDilmaFortaleza/

Comitê Pela Anulação do Impeachment – MG
https://www.facebook.com/Comite.Pela.Anulacao.do.Impeachme…/

Volta Dilma RJ
https://www.facebook.com/voltadilmarj

Comitê Pela Anulação Do Impeachment – Pelotas-RS
https://www.facebook.com/Comit%C3%AA-Pela-Anula%C3%A7%C3%A…/

Comitê contra o golpe. Não à prisão de Lula. (DF)
https://www.facebook.com/comitecontragolpedf/?fref=ts

Floripa Contra o Golpe (Florianópolis)
https://www.facebook.com/floripacontraogolpe/

 

 

Fotos do alto: Luis Macedo/AgBR e Lula Marques/AgPT, Palácio do Planalto, março de 2016: manifesto de mulheres e juristas contra o golpe

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