

por Sulamita Esteliam
Topei com a informação que partilho a seguir na revista Fórum. Confirma aquilo que as esquerdas, e não somente, têm se referido amiúde: a certeza de que a debâcle do Brasil, consolidada com a recente eleição de você sabe quem, não se limita a erros acertos das forças progressistas.
Muito menos de articulações e manipulações da direita política, devidamente acoplada às instituições, e elite local, tão somente. São parte da tramoia, entretanto.
Leia o texto da redação da Fórum que, na verdade, introduz o vídeo produzido pela Telesur, a TV estatal da Venezuela, a respeito de uma famigerada Operação Atlanta. É o nome para o ninho onde foi chocado o ovo da serpente, em 2012 – nos Estados Unidos, portanto.
A denúncia é do político dominicano, Manolo Pichardo, que, segundo a Fórum, teria participado do encontro. De fato, ele denunciou o tal Plano Atlanta em artigo no jornal Listin Diario, em 11 de março de 2016
Um encontro reuniu políticos e “forças conservadoras” – da política, da midia e do judiciário de países latino-americanos – em um hotel, e lá se articulou a desestabilização de governos de esquerda em toda a América Latina.
O plano visava derrubar os governos progressistas. Daí a fraude que depôs Dilma Rousseff e, posteriormente, a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o consequente bloqueio de sua candidatura às eleições deste ano.
“No artigo, Pichardo diz que o plano se resume em dois passos. “O primeiro tem o objetivo de iniciar uma campanha de descrédito contra presidentes de orientação de esquerda ou progressistas para minar a liderança. O segundo passo consiste em transformar as manobras midiáticas em processos judiciais que colocariam fim aos mandatos presidenciais sem que recorrer ao voto popular”.
Segundo ele, esta segunda parte do plano também necessitaria de “indivíduos ligados às instituições judiciais comprometidos com a conspiração, que foi chamada de ‘golpes suaves’, amparados por julgamentos políticos de escândalos de corrupção ou campanhas dirigidas a divulgar supostos comportamentos questionáveis da vida íntima dos líderes progressistas, incluindo, se necessário, familiares, amigos e agregados”.
Pichardo diz que a deposição de Manuel Zelaya, em Honduras, e Fernando Lugo, no Paraguai, foram “tubos de ensaio” para chegar a países de maior peso econômico na região até alcançar “a jóia da coroa, que é, sem discussão, Lula da Silva, o líder mais influente, para que com sua queda provocassem o efeito dominó que desejavam”.
Eis o vídeo da reportagem feita pela Telesur:
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