por Sulamita Esteliam
Domingo foi dia de festa, de grande alegria no Recife, para mim duplamente. Mas só pude estar presente em uma das celebrações: a do aniversário de 2 anos da minha neta caçula, Agatha Luna, a primeira pernambucana, mineiribucana.
Por isso não pude ir ver Lula de perto no Pátio do Carmo. Pensei que fosse possível me desdobrar, mas infelizmente não deu.
Cerca de 200 mil pessoas foram ao delírio diante do discurso de Lula, que subiu mais o tom de sua denúncia contra a injustiça de que tem sido alvo e contra os ataques à democracia neste país, que ele classifica como “safadezas”.
Lula falou brevemente, mas com grande força e emoção, em defesa da dignidade do povo do Nordeste, ele que é filho de Garanhuns. E pediu que o povo siga nas ruas pelo Brasil e pela anulação dos processos que visam calar sua voz e estancar a sua força política.
O ex-presidente agradeceu o apoio e a solidariedade que recebeu ao longo dos 580 dias de cárcere, simbolizados na pessoa de Lia de Itamaracá, que o conduziu ao palco.
Ele garante, relata o Brasil de Fato que hoje é “um homem melhor do que aquele que entrou para a cadeira”.
Agradeceu também a Fernando Haddad por ter aceitado concorrer à Presidência da República em seu lugar; aos organizadores do Festival Lula Livre e aos artistas que têm participado dos eventos pela sua liberdade.
“Agradeço a cada mulher e cada homem que tiveram a coragem de cantar por liberdade nesse país”.
“Na democracia, o show não pode parar”, fechou Lula ao chamar Siba, que o sucedeu no palco.
O discurso, entretanto, mereceu reparos da mídia alternativa local por não ter tocado no desastre ambiental do óleo na costa do Nordeste nem sobre a violência política na América Latina.
Assista o trecho do discurso de Lula no Festival:
A Tal Mineira 
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