Carta ao Povo de Deus contra do desmantelo e o apoio do Projeto Nação Brasil

por Sulamita Esteliam

Está no ar uma petição pública do Projeto Nação Brasil em apoio à Carta ao Povo de Deus, assinada por 150 bispos católicos de diferentes cantos deste país-continente, e que tem ganhado a adesão de diferentes segmentos religiosos.

Um ato ecumênico, virtual por conta da pandemia, está marcado para o próximo domingo, 09, às 11 horas, com transmissão pela TVT e pelas redes sociais. É o Brasil voltando aos anos 70 do século passado, se unindo na fé como forma de protesto contra o arbítrio.

Em 1976, Dom Paulo Evaristo Arns, o rabino Henry Sorel e o reverendo James Wright juntaram-se a outros líderes religiosos para celebrar protesto contra a morte do jornalistas Vladimir Herzog nos porões da ditadura.

O ato reuniu cerca de 8 mil pessoas na Praça da Sé, em frente à catedral. Tempos sombrios que ainda pairam sobre nós.

O texto da Carta ao Povo de Deus aponta o desmantelo produzido pelo desgoverno do capiroto-genocida no Brasil, ‘que impõe ao país milhares de mortes na pandemia, ataques à democracia, desagregação social, desastre ambiental, uma “economia que mata”.

É um chamamento para o despertar do povo brasileiro, para que não se deixe conduzir ao matadouro como gado incapaz de raciocínio de discernimento.

O arcebispo de Olinda e Recife, dom Antônio Fernando Saburido e o bispo auxiliar dom Limacêdo Rodrigues da Silva assinam o documento. Assim como os bispos auxiliares de Belo Horizonte, dom Geovane Luís da Silva e dom Joaquim Giovani Mol Guimarães.

Dom Pedro Casaldáliga, bispo prelado emérito de São Félix do Araguaia, MT, também assina a carta – que não tem, ainda, a chancela do Conselho da CNBB, o que é lamentável.

E aqui ser faz necessário um parêntese: no início da semana circulou boato de que dom Pedro havia se encantado, mas não é verdade.

Internado em estado grave por problemas respiratórios agudos há mais de uma semana, em São Félix, ele foi transferido, nesta terça, para um hospital em Batatais, em São Paul, informa o G1.

O bispo, que tem 92 anos, testou negativo para covid-19, mas a idade e o mal de Parkinson são agravantes para seu estado de saúde já debilitado.

A mensagem de apoio do Projeto Brasil Nação ao documento divulgado pelos bispos, na semana passada, leva a assinatura de artistas como Chico Buarque, Caetano e Wagner Moura. Intelectuais como Milton Hatoum, Raduan Nassar, Fernando Morais, Fábio Konder Comparato, Maria Victória Benevides, dentre outras celebridades consistentes, como João Pedro Stédile e Celso Amorim, também assinam.

Euzinha, humildemente, botei lá a minha chancela, e você também pode fazê-lo clicando aqui.

Transcrevo, em sequência, ambos os textos com as respectivas assinaturas:

O povo carente é o que mais sofre com os desatinos do desgoverno na pandemia – Foto: Paula Froes/Gov.BA via Agência Senado

Carta ao Povo de Deus

por 150 bispos católicos –  a partir do Cendhec – Centro Dom Helder Câmara de Estudos e Ação Social

Somos bispos da Igreja Católica, de várias regiões do Brasil, em profunda comunhão com o Papa Francisco e seu magistério e em comunhão plena com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, que no exercício de sua missão evangelizadora, sempre se coloca na defesa dos pequeninos, da justiça e da paz.

Escrevemos esta Carta ao Povo de Deus, interpelados pela gravidade do momento em que vivemos, sensíveis ao Evangelho e à Doutrina Social da Igreja, como um serviço a todos os que desejam ver superada esta fase de tantas incertezas e tanto sofrimento do povo.

Evangelizar é a missão própria da Igreja, herdada de Jesus. Ela tem consciência de que “evangelizar é tornar o Reino de Deus presente no mundo” (Alegria do Evangelho, 176). Temos clareza de que “a proposta do Evangelho não consiste só numa relação pessoal com Deus.

A nossa resposta de amor não deveria ser entendida como uma mera soma de pequenos gestos pessoais a favor de alguns indivíduos necessitados […], uma série de ações destinadas apenas a tranquilizar a própria consciência. A proposta é o Reino de Deus […] (Lc 4,43 e Mt 6,33)” (Alegria do Evangelho, 180). Nasce daí a compreensão de que o Reino de Deus é dom, compromisso e meta.

É neste horizonte que nos posicionamos frente à realidade atual do Brasil. Não temos interesses político-partidários, econômicos, ideológicos ou de qualquer outra natureza. Nosso único interesse é o Reino de Deus, presente em nossa história, na medida em que avançamos na construção de uma sociedade estruturalmente justa, fraterna e solidária, como uma civilização do amor.

O Brasil atravessa um dos períodos mais difíceis de sua história, comparado a uma “tempestade perfeita” que, dolorosamente, precisa ser atravessada. A causa dessa tempestade é a combinação de uma crise de saúde sem precedentes, com um avassalador colapso da economia e com a tensão que se abate sobre os fundamentos da República, provocada em grande medida pelo Presidente da República e outros setores da sociedade, resultando numa profunda crise política e de governança.

Este cenário de perigosos impasses, que colocam nosso País à prova, exige de suas instituições, líderes e organizações civis muito mais diálogo do que discursos ideológicos fechados. Somos convocados a apresentar propostas e pactos objetivos, com vistas à superação dos grandes desafios, em favor da vida, principalmente dos segmentos mais vulneráveis e excluídos, nesta sociedade estruturalmente desigual, injusta e violenta. Essa realidade não comporta indiferença.

É dever de quem se coloca na defesa da vida posicionar-se, claramente, em relação a esse cenário. As escolhas políticas que nos trouxeram até aqui e a narrativa que propõe a complacência frente aos desmandos do Governo Federal, não justificam a inércia e a omissão no combate às mazelas que se abateram sobre o povo brasileiro.

Mazelas que se abatem também sobre a Casa Comum, ameaçada constantemente pela ação inescrupulosa de madeireiros, garimpeiros, mineradores, latifundiários e outros defensores de um desenvolvimento que despreza os direitos humanos e os da mãe terra. “Não podemos pretender ser saudáveis num mundo que está doente. As feridas causadas à nossa mãe terra sangram também a nós” (Papa Francisco, Carta ao Presidente da Colômbia por ocasião do Dia Mundial do Meio Ambiente, 05/06/2020).

Todos, pessoas e instituições, seremos julgados pelas ações ou omissões neste momento tão grave e desafiador. Assistimos, sistematicamente, a discursos anticientíficos, que tentam naturalizar ou normalizar o flagelo dos milhares de mortes pela COVID-19, tratando-o como fruto do acaso ou do castigo divino, o caos socioeconômico que se avizinha, com o desemprego e a carestia que são projetados para os próximos meses, e os conchavos políticos que visam à manutenção do poder a qualquer preço.

Esse discurso não se baseia nos princípios éticos e morais, tampouco suporta ser confrontado com a Tradição e a Doutrina Social da Igreja, no seguimento Àquele que veio “para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10).

Analisando o cenário político, sem paixões, percebemos claramente a incapacidade e inabilidade do Governo Federal em enfrentar essas crises. As reformas trabalhista e previdenciária, tidas como para melhorarem a vida dos mais pobres, mostraram-se como armadilhas que precarizaram ainda mais a vida do povo.

É verdade que o Brasil necessita de medidas e reformas sérias, mas não como as que foram feitas, cujos resultados pioraram a vida dos pobres, desprotegeram vulneráveis, liberaram o uso de agrotóxicos antes proibidos, afrouxaram o controle de desmatamentos e, por isso, não favoreceram o bem comum e a paz social. É insustentável uma economia que insiste no neoliberalismo, que privilegia o monopólio de pequenos grupos poderosos em detrimento da grande maioria da população.

O sistema do atual governo não coloca no centro a pessoa humana e o bem de todos, mas a defesa intransigente dos interesses de uma “economia que mata” (Alegria do Evangelho, 53), centrada no mercado e no lucro a qualquer preço.

Convivemos, assim, com a incapacidade e a incompetência do Governo Federal, para coordenar suas ações, agravadas pelo fato de ele se colocar contra a ciência, contra estados e municípios, contra poderes da República; por se aproximar do totalitarismo e utilizar de expedientes condenáveis, como o apoio e o estímulo a atos contra a democracia, a flexibilização das leis de trânsito e do uso de armas de fogo pela população, e das leis do trânsito e o recurso à prática de suspeitas ações de comunicação, como as notícias falsas, que mobilizam uma massa de seguidores radicais.

O desprezo pela educação, cultura, saúde e pela diplomacia também nos estarrece. Esse desprezo é visível nas demonstrações de raiva pela educação pública; no apelo a ideias obscurantistas; na escolha da educação como inimiga; nos sucessivos e grosseiros erros na escolha dos ministros da educação e do meio ambiente e do secretário da cultura; no desconhecimento e depreciação de processos pedagógicos e de importantes pensadores do Brasil; na repugnância pela consciência crítica e pela liberdade de pensamento e de imprensa; na desqualificação das relações diplomáticas com vários países; na indiferença pelo fato de o Brasil ocupar um dos primeiros lugares em número de infectados e mortos pela pandemia sem, sequer, ter um ministro titular no Ministério da Saúde; na desnecessária tensão com os outros entes da República na coordenação do enfrentamento da pandemia; na falta de sensibilidade para com os familiares dos mortos pelo novo coronavírus e pelos profissionais da saúde, que estão adoecendo nos esforços para salvar vidas.

No plano econômico, o ministro da economia desdenha dos pequenos empresários, responsáveis pela maioria dos empregos no País, privilegiando apenas grandes grupos econômicos, concentradores de renda e os grupos financeiros que nada produzem. A recessão que nos assombra pode fazer o número de desempregados ultrapassar 20 milhões de brasileiros. Há uma brutal descontinuidade da destinação de recursos para as políticas públicas no campo da alimentação, educação, moradia e geração de renda.

Fechando os olhos aos apelos de entidades nacionais e internacionais, o Governo Federal demonstra omissão, apatia e rechaço pelos mais pobres e vulneráveis da sociedade, quais sejam: as comunidades indígenas, quilombolas, ribeirinhas, as populações das periferias urbanas, dos cortiços e o povo que vive nas ruas, aos milhares, em todo o Brasil. Estes são os mais atingidos pela pandemia do novo coronavírus e, lamentavelmente, não vislumbram medida efetiva que os levem a ter esperança de superar as crises sanitária e econômica que lhes são impostas de forma cruel.

O Presidente da República, há poucos dias, no Plano Emergencial para Enfrentamento à COVID-19, aprovado no legislativo federal, sob o argumento de não haver previsão orçamentária, dentre outros pontos, vetou o acesso a água potável, material de higiene, oferta de leitos hospitalares e de terapia intensiva, ventiladores e máquinas de oxigenação sanguínea, nos territórios indígenas, quilombolas e de comunidades tradicionais (Cf. Presidência da CNBB, Carta Aberta ao Congresso Nacional, 13/07/2020).

Até a religião é utilizada para manipular sentimentos e crenças, provocar divisões, difundir o ódio, criar tensões entre igrejas e seus líderes. Ressalte-se o quanto é perniciosa toda associação entre religião e poder no Estado laico, especialmente a associação entre grupos religiosos fundamentalistas e a manutenção do poder autoritário. Como não ficarmos indignados diante do uso do nome de Deus e de sua Santa Palavra, misturados a falas e posturas preconceituosas, que incitam ao ódio, ao invés de pregar o amor, para legitimar práticas que não condizem com o Reino de Deus e sua justiça?

O momento é de unidade no respeito à pluralidade! Por isso, propomos um amplo diálogo nacional que envolva humanistas, os comprometidos com a democracia, movimentos sociais, homens e mulheres de boa vontade, para que seja restabelecido o respeito à Constituição Federal e ao Estado Democrático de Direito, com ética na política, com transparência das informações e dos gastos públicos, com uma economia que vise ao bem comum, com justiça socioambiental, com “terra, teto e trabalho”, com alegria e proteção da família, com educação e saúde integrais e de qualidade para todos.

Estamos comprometidos com o recente “Pacto pela vida e pelo Brasil”, da CNBB e entidades da sociedade civil brasileira, e em sintonia com o Papa Francisco, que convoca a humanidade para pensar um novo “Pacto Educativo Global” e a nova “Economia de Francisco e Clara”, bem como, unimo-nos aos movimentos eclesiais e populares que buscam novas e urgentes alternativas para o Brasil.

Neste tempo da pandemia que nos obriga ao distanciamento social e nos ensina um “novo normal”, estamos redescobrindo nossas casas e famílias como nossa Igreja doméstica, um espaço do encontro com Deus e com os irmãos e irmãs. É sobretudo nesse ambiente que deve brilhar a luz do Evangelho que nos faz compreender que este tempo não é para a indiferença, para egoísmos, para divisões nem para o esquecimento (cf. Papa Francisco, Mensagem Urbi et Orbi, 12/4/20).

Despertemo-nos, portanto, do sono que nos imobiliza e nos faz meros espectadores da realidade de milhares de mortes e da violência que nos assolam. Com o apóstolo São Paulo, alertamos que “a noite vai avançada e o dia se aproxima; rejeitemos as obras das trevas e vistamos a armadura da luz” (Rm 13,12).

O Senhor vos abençoe e vos guarde. Ele vos mostre a sua face e se compadeça de vós.
O Senhor volte para vós o seu olhar e vos dê a sua paz! (Nm 6,24-26)

Até o momento assinam a CARTA AO POVO DE DEUS

Dom Adolfo Zon Pereira, SX, bispo de Alto Solimões, AM.
Dom Adriano Ciocca Vasino, bispo prelado de São Félix do Araguaia, MT.
Dom Ailton Menegussi, bispo de Crateús, CE.
Dom Alberto Taveira Corrêa, arcebispo de Belém, PA.
Dom Aldemiro Sena dos Santos, bispo de Guarabira, PB.
Dom Aloísio Alberto Dilli, OFM, bispo de Santa Cruz do Sul, RS.
Dom André Marie Gerard Camilla de Witte, bispo emérito de Ruy Barbosa, BA.
Dom Angélico Sândalo Bernardino, bispo emérito de Blumenau, SC.
Dom Antônio Carlos Cruz Santos, MSC, bispo de Caicó, RN.
Dom Antônio Carlos Félix, bispo de Governador Valadares, MG.
Dom Antônio Celso de Queirós, bispo emérito de Catanduva, SP.
Dom Antônio de Assis Ribeiro, SDB, bispo auxiliar de Belém, PA.
Dom Antônio Fernando Saburido. arcebispo de Olinda e Recife, PE.
Dom Armando Bucciol, bispo de Livramento de Nossa Senhora, BA.
Dom Armando Martin Gutiérrez, bispo de Bacabal, MA.
Dom Arnaldo Cavalheiro Neto, bispo de Itapeva, SP.
Dom Benedito Araújo, bispo de Guajará-Mirim, RO.
Dom Bernardo Johannes Bahlmann, OFM, bispo de Óbidos, PA.
Dom Carlo Ellena, bispo emérito de Zé Doca, MA.
Dom Carlos Alberto Breis Pereira, OFM, bispo de Juazeiro, BA.
Dom Carlos Alberto dos Santos, bispo de Itabuna, BA.
Dom Carlos Verzeletti, bispo de Castanhal, PA.
Dom Claudio Cardeal Humnes, OFM, arcebispo emérito de São Paulo, SP.
Dom Cleonir Paulo Dalbosco, bispo de Bagé, RS.
Dom Dario Campos, arcebispo de Vitória, ES.
Dom Egidio Bisol, bispo de Afogados da Ingazeira, PE.
Dom Edilson Soares Nobre, bispo de Oeiras, PI.
Dom Edivalter Andrade, bispo de Floriano, PI.
Dom Edmilson Tadeu Canavarros dos Santos, SDB, bispo auxiliar de Manaus, AM.
Dom Edson Taschetto Damian, bispo de São Gabriel da Cachoeira, AM.
Dom Eduardo Vieira dos Santos, bispo auxiliar de São Paulo, SP.
Dom Élio Rama, bispo de Pinheiro, MA.
Dom Erwin Kräutler, bispo prelado emérito do Xingu, Altamira, PA.
Dom Estevam dos Santos Silva Filho, bispo de Ruy Barbosa, BA
Dom Eugênio Rixen, bispo de Goiás, GO.
Dom Evaldo Carvalho dos Santos, CM, bispo de Viana, MA.
Dom Evaristo Pascoal Spengler, OFM, bispo prelado de Marajó, PA.
Dom Fernando Barbosa dos Santos, CM, bispo prelado de Tefé, AM.
Dom Fernando José Penteado, bispo emérito de Jacarezinho, PR.
Dom Flávio Giovenale, bispo de Cruzeiro do Sul, AC.
Dom Francisco Biasin, bispo emérito de Volta Redonda/Barra do Piraí, RJ.
Dom Francisco de Assis Gabriel, CSsR, bispo de Campo Maior, PI.
Dom Francisco Lima Soares, bispo de Carolina, MA.
Dom Gabriel Marchesi, bispo de Floresta, PE.
Dom Geovane Luís da Silva, bispo auxiliar de Belo Horizonte, MG.
Dom Getúlio Teixeira Guimarães, bispo emérito de Cornélio Procópio, PR.
Dom Geremias Steinmetz, arcebispo de Londrina, PR.
Dom Gilberto Pastana, bispo de Crato, CE.
Dom Giovane Pereira de Melo, bispo de Tocantinópolis, TO.
Dom Guido Zendron, bispo de Paulo Afonso, BA.
Dom Guilherme Antônio Werlang, MSF, bispo de Lages, SC.
Dom Gutemberg Freire Régis, CSsR, bispo emérito de Coari, AM.
Dom Hernaldo Pinto Farias, SSS, Bispo de Bonfim, BA.
Dom Irineu Andreassa, bispo de Ituiutaba, MG.
Dom Irineu Roman, CSJ, arcebispo de Santarém, PA.
Dom Itamar Vian, arcebispo emérito de Feira de Santana, BA.
Dom Jailton de Oliveira Lino PSDP, bispo de Teixeira de Freitas-Caravelas, BA.
Dom Jaime Vieira Rocha, Arcebispo de Natal, RN.
Dom Jan Kot, OMI, bispo de Zé Doca, MA.
Dom Jesús María Cizaurre Berdonces, OAR, bispo de Bragança, PA.
Dom Jesús María López Mauleón, OAR, bispo prelado do Alto Xingu, Tucumã, PA.
Dom Jesus Moraza Ruiz de Azúa. bispo prelado Emérito de Lábrea, AM.
Dom João Aparecido Bervamasco, SAC, bispo de Corumbá, MS.
Dom João José Costa, OCarm, arcebispo de Aracaju, SE.
Dom João Muniz Alves, OFM, bispo do Xingu-Altamira, PA.
Dom João Santos Cardoso, bispo de Bom Jesus da Lapa, BA.
Dom João Justino de Medeiros Silva, arcebispo de Montes Claros, MG.
Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, bispo auxiliar de Belo Horizonte, MG.
Dom Joaquim Pertiñez Fernandez, bispo de Rio Branco, AC.
Dom Josafá Menezes, arcebispo de Vitória da Conquista,BA.
Dom José Alberto Moura, arcebispo emérito de Montes Claros, MG.
Dom José Albuquerque de Araújo, bispo auxiliar de Manaus, AM.
Dom José Altevir da Silva, CSSp, bispo de Cametá, PA.
Dom José Antonio Peruzzo, Arcebispo de Curitiba, PR.
Dom José Belisário da Silva, OFM, arcebispo de São Luís, MA.
Dom José Benedito Cardoso, bispo auxiliar de São Paulo, SP.
Padre José Celestino dos Santos, administrador diocesano de Ji-Paraná, RO.
Dom José Haring, bispo emérito de Limoeiro do Norte, CE.
Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, SDV, bispo prelado de Itacoatiara, AM.
Dom José Luís Azcona Hermoso, OAR, bispo prelado emérito de Marajó, PA.
Dom José Luiz Bertanha, SDV, bispo emérito de Registro, SP.
Dom José Luiz Ferreira Salles, CSsR, bispo de Pesqueira, PE.
Dom José Maria Chaves dos Reis, bispo de Abaetetuba, PA.
Dom José Mario Stroeher, bispo emérito de Rio Grande, RS.
Dom José Moreira da Silva, bispo de Januária, MG.
Dom José Moreira de Melo, bispo emérito de Itapeva, SP.
Dom José Reginaldo Andrietta, bispo de Jales, SP.
Dom José Roberto Silva Carvalho, bispo de Caetité, BA.
Dom José Valdeci Santos Mendes, bispo de Brejo, MA.
Dom Juarez Sousa da Silva, bispo de Parnaíba, PI.
Dom Leonardo Ulrich Steiner, OFM, Arcebispo de Manaus, AM.
Dom Limacêdo Antonio da Silva, bispo auxiliar de Olinda-Recife, PE.
Dom Luís Ferrando Lisboa, bispo emérito de Bragança, PA.
Dom Luís Flávio Cappio, OFM, bispo de Barra, BA.
Dom Luiz Demétrio Valentini, bispo emérito de Jales, SP.
Dom Luiz Gonzaga Fechio, bispo de Amparo, SP.
Dom Luiz Mancilha Vilela, arcebispo emérito de Vitória, ES.
Dom Mariano Manzana, bispo de Mossoró, RN.
Dom Manoel João Francisco, bispo de Cornélio Procópio, PR.
Dom Manoel de Oliveira Soares Filho, bispo de Palmeiras dos Índios, AL.
Dom Manoel Ferreira dos Santos Júnior, MSC, bispo de Registro, SP.
Dom Marcos Marian Piatek, CSsR, Bispo de Coari, AM.
Dom Mário Antônio da Silva, bispo de Roraima, RR.
Dom Mário Pasqualotto, PIME, bispo auxiliar emérito de Manaus, AM.
Dom Martinho Lammers, bispo emérito de Óbidos, PA.
Dom Mauro Montagnoli, bispo de Ilhéus, BA.
Dom Mauro Morelli – Bispo emérito de Duque de Caxias, RJ
Dom Meinrad Francisco Merkel, bispo de Humaitá, AM.
Dom Milton Kenan Júnior, bispo de Barretos, SP.
Padre Nadir Luiz Zanchet, Admistrador diocesano de Balsas, MA.
Dom Neri José Tondello, bispo de Juína, MT.
Dom Orlando Octacílio Dotti, OFM Cap, bispo emérito de Vacaria, RS.
Dom Paulo Dal Bó, bispo de São Mateus, ES.
Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa, bispo de Guaranhus, PE.
Dom Pedro Casaldáliga, bispo prelado emérito de São Félix do Araguaia, MT.
Dom Pedro José Conti, bispo de Macapá, AP.
Dom Pedro Luiz Stringhini, bispo de Mogi das Cruzes, SP.
Dom Paulo de Mascarenhas Roxo, bispo emérito de Mogi das Cruzes, SP.
Dom Philip Eduard Roger Dickmans, bispo de Miracema do Tocantins, TO.
Dom Plínio José Luz da Silva, bispo de Picos, PI.
Dom Protógenes Luft, bispo de Barra do Garças, MT.
Dom Roberto José da Silva, bispo de Janaúba, MG.
Padre Roberto Oliveira Silva, administrador diocesano de Jequié, BA.
Dom Romualdo Matias Kujawski, bispo de Porto Nacional, TO.
Dom Roque Paloschi, arcebispo de Porto Velho, RO.
Dom Rubival Cabral Britto, bispo de Grajaú, MA.
Dom Santiago Sánchez Sebastián, bispo prelado de Lábrea, AM.
Dom Sebastião Bandeira Coelho, bispo de Coroatá, MA.
Dom Sebastião Lima Duarte, bispo de Caxias, MA.
Dom Sergio Aparecido Colombo, bispo de Bragança Paulista, SP.
Dom Sérgio Eduardo Castriani, CSSp, arcebispo emérito de Manaus, AM.
Dom Severino Clasen, OFM, bispo de Caçador, SC.
Dom Sílvio Guterres Dutra, bispo de Vacaria, RS.
Dom Tarcisio Scaramussa, SDB, bispo de Santos, SP.
Dom Teodoro Mendes Tavares, bispo de Ponta de Pedras, PA.
Dom Tommaso Cascianelli, CP, bispo de Irecê, BA.
Dom Valdemir Ferreira dos Santos, bispo de Amargosa, BA.
Dom Vicente de Paula Ferreira, C.Ss.R, bispo auxiliar de Belo Horizonte, MG.
Dom Vilsom Basso, SCJ, bispo de Imperatriz- MA.
Dom Vital Corbellini, bispo de Marabá, PA.
Dom Vítor Agnaldo de Menezes, bispo de Propriá, SE.
Dom Xavier Gilles de Maupeou d’Ableiges, bispo emérito de Viana, MA.
Dom Welington de Queiroz Vieira, bispo diocesano de Cristalândia, TO.
Dom Wilmar Santin, OCarm, bispo prelado de Itaituba, PA.
Dom Zanoni Demettino Castro, Arcebispo de Feira de Santana, BA.
Dom Zenildo Luiz Pereira da Silva, CSsR, bispo prelado de Borba, AM

PROJETO BRASIL NAÇÃO APOIA ‘CARTA AO POVO DE DEUS’

O Projeto Brasil Nação apoia e se solidariza com a “Carta ao Povo de Deus”, assinada por mais de 150 de bispos brasileiros. O texto aponta os descalabros produzidos pelo governo Bolsonaro, que impõe ao país milhares de mortes na pandemia, ataques à democracia, desagregação social, desastre ambiental, uma “economia que mata”.

De forma deliberada, Bolsonaro age para destruir o Brasil e subordiná-lo aos interesses estrangeiros, colocando a Nação como vassala dos Estados Unidos. Roendo as instituições, desprezando a população e aniquilando pequenas empresas, o governo se transforma em inimigo da vida, da saúde, da democracia, da soberania, da diplomacia, de direitos, da ética, da educação, da cultura, do desenvolvimento com justiça, igualdade e paz.

Como reforça o documento dos bispos, “o momento é de unidade no respeito à pluralidade!”. Seus signatários propõem “um amplo diálogo nacional que envolva humanistas, os comprometidos com a democracia, movimentos sociais, homens e mulheres de boa vontade”.

O Projeto Brasil Nação, movimento suprapartidário que reúne intelectuais, artistas, cidadãos de diferentes visões políticas, apoia essa ideia e se soma a esse chamamento. É preciso, como afirmam os religiosos, despertar “do sono que nos imobiliza e nos faz meros espectadores da realidade de milhares de mortes e da violência que nos assolam”.

São Paulo, 31 de julho de 2020

Projeto Brasil Nação

Luiz Carlos Bresser-Pereira

Celso Amorim

Margarida Genevois

Fábio Konder Comparato

Luciano Coutinho

Maria Victoria Benevides

Chico Buarque

Caetano Veloso

Raduan Nassar

Milton Hatoum

Luiz Gonzaga Belluzzo

Paulo Sérgio Pinheiro

Eleonora de Lucena

Paulo Nogueira Batista Júnior

Carol Proner

Wagner Moura

Paula Lavigne

Maria Auxiliadora Arantes

Rodolfo Lucena

Luiz Felipe de Alencastro

Maria Aparecida Aquino

Fernando Morais

João Pedro Stedile

Silvio Almeida

Juca Kfouri

Leda Paulani

José Luiz Del Roio

Carlos Moura

Eliete Negreiros

Antonio Elpídio da Silva

Monja Coen

Silvio Tendler

Rosane Borges

Edson Carneiro Índio

Tata Amaral

Edson França

Mario Vitor Santos

Gilberto Maringoni

Eduardo Fagnani

Benedito Tadeu Cesar

Ismail Xavier  

Henri Arraes Gervaiseau

William Nozaki

Paulo Kliass

Cassia Damiani

Ângela Cristina dos Santos Ferreira

Altamiro Borges

Rodrigo Medeiros

Marijane Vieira Lisboa

Marcelo Auler

Tadeu Di Pietro

Pompea Maria Bernasconi

Georgia Vassimon

Projeto BrCidades

Flávio Aguiar

Isabel Lustosa

Luiz Eduardo Soares

José Bustani

Otavio Velho

Moacir Palmeira

Ingrid Sarti

Luiz Taranto

Marcelo Ridenti

Eric Nepomuceno

Ennio Candotti

Olga Sodré

Isabel Travancas

Renato Janine Ribeiro

Renato Boschi

Flora Sussekind

Bernardo Ferreira

Heloisa Murgel Starling

José Sérgio Leite Lopes

Roberto Amaral

Marcos Costa Lima

Maria Noemi de Araújo

Aquiles Rique Reis

Miltinho

Dalmo Medeiros

Paulo Malaguti Pauleira

MPB4

Marluí Miranda

Francisco Foot Hardman

Paulo Pedrini

Danilo César

Carlos Lichtsztejn

Maria de Betania Paes Norgren

Marta Quaglia Cerruti

Janete Frochtengarten

Norka Bonetti

Maria Rita Kehl

Lusmarina Campos Garcia

Ivanir dos Santos

Naudal Alves Gomes

Walter Altmann

Claudio de Oliveira Ribeiro

Cibele Kuss

Mozart Noronha

Irênio Silveira Chaves

Eduardo Calil Ohana

Luiz Longuini Neto

Rudelmar Bueno de Faria

Marie Ann Wangen Krahn

Ana Bock

Lumena de Castro Furtado

Elisa Zanerato Rosa

Christina Veras

Cristina Silva

Odair Furtado

Marcos Ferreira

Silvio Bock

Edson Fernando de Almeida

Roberto Zwetsch

Dario Geraldo Schaffer

Romi Bencke

Walter Marschner

Patrícia Tolmasquim

Allan Ervin Krahn

Walmor Ari Kanitz

Hélio Schaidhauer Pacheco

Sandro Luckmann

Rosiléa Maria Roldi Wille

Eny Raymundo Moreira

Graciela Chamorro

Cláudia Patrícia Schaidhauer Pacheco

Guilherme Reichwald

Ruy Otávio Costa

Marcos Inhauser

Marcelo da Silva Carneiro

Carlos Caldas Filho

Lysias Garcia da Costa Junior

José Lima Júnior

Rodrigo da Silva Coelho

Ronaldo de Paula Cavalcante

Jabis Ipólito de Campos Junior

Agnaldo Pereira Gomes

Esequiel Laco Gonçalves

Paulo de Lima Portes

Silas Luiz de Souza

Ricardo Lengruber

Eduardo Castedo Abrunhosa

Uverland Barros da Silva

Kristl Schütz Rabelo

João Mário Gervazoni

Nilton Emmerick Oliveira

Claudio Carvalhaes

Wilson Emerick

Laurie Miller Camargo

Cleonilde Aranha Pimenta

Reinaldo Olecio Aguiar

Guilherme de Freitas Silva

Vardilei Ribeiro da Silva

André Tadeu de Oliveira

Sandro Vavier

Raimundo César Barreto Junior

Afonso Celso Teixeira Rabelo

Neila Ruiz Alfonzo

Paulo César Silva

Franklin Félix

Agnaldo dos Santos Mota

Maria Augusta Ramos

Alexandre Bernardino Costa

Marcus Giraldes

Gisele Ricobom

Alexandre Brasil

Juliana Neuenschwander Magalhães

Avelin Buniacá Kambiwá

Margarida Lacombe

Gisele Cittadino

Sira Milani

Rede Coral Luther King

Coro Luther King

(….)

*com informações do G1 e do Brasil 247 

*******

Postagem revista e atualizada às 23:11: inclusão de informações sobre o ato ecumênico.

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