por Sulamita Esteliam
Descobri uma palavra nova, e amei: ‘canalhocracia’. Define perfeitamente a res-pública-Brasil. A ABL pode reservar para a próxima edição do Volp – o Dicionário Ortográfico da Língua Portuguesa.
Uma moça a usou nos comentários do Instagram, e foi a primeira vez que li. Adoção imediata, com aviso prévio.
Caso a autora venha a ler estas mal traçadas pode se manifestar para Euzinha dar o crédito. Devo confessar que o nome e a postagem que originou o comentário se esfumaçaram ao longo do dia. E não tive a previdência de anotar quando vi.
Não, não é apenas a indi-gestão do desgoverno que já matou 616 mil 251, até este 09 de dezembro de 2021 – por inércia, ganância e irresponsabilidade diante da pandemia do já ancião Coronavírus.
Não, não é tão somente o desgoverno que nos leva à bancarrota – pelo descontrole da inflação, do desemprego, do culto ao rentismo e à ignorância.
Também não é apenas um desgoverno que mata os filhos deste solo – de vírus, fome, miséria, irresponsabilidade, desmantelo, violência, preconceito, discriminação, canalhice e vergonha.
Sem contar o que levam as mãos leves para tomar o que é nosso, mãos pesadas de falcatruas, sangue e pestilências.
Sobra ouro de espertos sobre a desgraceira do povo. E há quem aplauda.
O escárnio é o cavalo de batalha dos sociopatas. E a piada de mau gosto, fruto da incontinência cerebral ou da conveniência indigna, é a glória dos idiotas.
Quem devia contê-los ou ignorá-los joga e faz o jogo, em nome do quanto mais melhor, mal disfarçadas de liberdades democráticas.
Canalhas. Canalhas. Canalhas. Elevados à enésima potência: CANALHOCRACIA.
É tudo premeditado. É tudo financiado É projeto de crueldade, desmonte e locupletância.
Sou toda urticárias. O nojo faz tempo me invade e toma conta de mim. Preciso de ar.
Estou farta.
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