O A Tal Mineira chega aos 10 anos neste 11 de setembro

por Sulamita Esteliam

O A Tal Mineira completa 10 anos neste 11 de setembro, de cara nova. Uma forma de celebrar o novo ciclo e agradecer você pelo acesso, diário ou eventual, ao longo dessa década de atividade.

Aqui, quem frequenta sabe, é um buncker. O blogue tem lado, nem se preocupe! É o lado da luta por uma sociedade mais justa, pelas liberdades democráticas, por justiça e pelo direito à cidadania.  Trincheira de resistência contra o arbítrio e a injustiça.

O A Tal Mineira nasceu “sujo” e assim permanece. É micro, um pontinho na constelação da blogosfera progressista, que se aglutina em torno do Barão de Itararé, o Centro de Estudos de Mídia Alternativa, baseado na capital paulista.

Mas nasceu para somar, e veio para ficar. Desistir até já passou pela minha cabeça, mas tratei de espanar a sombra. Desistência não é palavra que consta da minha cartilha.

A caricatura do banner é um presente do queridíssimo, e premiadíssimo, cartunista Cau Gomez, que eu chamo de garoto. Ele tinha 15 anos quando o conheci, lá na nossa Macondo, Beagá – um talento em busca de espaço para se expandir. 

Hoje Cau é artista premiado no Brasil e no mundo, premiadíssimo. Para mim, continua garoto, e é com o olhar generoso, de garoto, que ele desenhou esta velha escriba.

É prata da casa o selo comemorativo dos 10 anos anos e a montagem do banner. Artes da minha caçula, Bárbara Esteliam, que maneja o branding com graça e leveza, embora não o pratique profissionalmente. Escolhas que só posso respeitar.

O novo formato tem mão e técnica de Carlos Freire, o Cajá, velho companheiro de trabalho ao longo de década e meia no Recife. Após bom tempo na atividade dublê de botequeiro e incentivador cultural, agora retoma funções de webmaster e design.

Ao trio, minha gratidão.

Chegamos até aqui com as próprias pernas, praticando a medida do possível, muitas vezes varando a madrugada, engolindo a hora do descanso. Às vezes, até, deixando a ver navios o maridão, pois que a prole já está criada faz tempo, envolvida com as próprias crias, ou com a própria vida.

Sei que há quem considere o A Tal Mineira um blogue “doméstico”, de auto-satisfação do ego. A esses, aqueles que se mostram, digo que ao menos não preciso pagar terapia.

É verdade que em 10 anos o tamanho do blogue não se expandiu. Temos cá um público fiel, entretanto. Leitoras e leitores que acompanham cotidianamente as postagens – do Brasil e outras paragens mundo afora.

A cada uma e cada um de vocês, muito obrigada.

Vez por outra, ocorre um pico de visualizações e/ou visitas, aí abro uma cerveja para celebrar. É sempre uma boa desculpa.

Outras vezes, o blogue cai na lista da busca de algum acessório, a pessoa clica e topa com uma postagem crítica sobre, e aí quem toma pancada sou eu, naquele estilo que se tornou corriqueiro neste país pelo avesso.

De idiota, dinossáurica e medieval, já fui chamada de tudo; e não sou nada disso. Dou boas risadas e aprovo o comentário. Quase nunca respondo. Ossos do ofício.

A acolhida ao longo desses anos, não obstante, tem sido generosa e estimulante. Graças ela – e à compreensão com eventuais burlas na frequência da postagem, por motivos diversos – o A Tal Mineira sobrevive ao bloqueio no Facebook e no Instagram; há um ano e cinco meses.

Os recursos disponíveis resultaram vãos, larguei para lá. A página do blogue na rede-mãe A Tal Mineira.com/Facebook, criada justo em abril d ano passado, desde então só reposta publicações do perfil pessoal desta escriba ou terceiras.

Denúncia de “conteúdo abusivo”, alegam os robôs da rede social. Abusiva é a censura, sob qualquer hipótese, digo Euzinha. E bola pra frente.

Não há, se há desconheço, canal alternativo para recurso no Facebook. A opção seria a via judicial, e o blogue não tem como bancar essa arenga. 

Ainda bem que existe o Twitter. A Tal Mineira/@sulaesteliam tem sido a única rede de compartilhamento das postagens do blogue.

Até aqui, literalmente, pagamos para trabalhar, pois há custos anuais de hospedagem e domínio. Creio que chegou o tempo de pedir arrego. Buscamos a melhor forma de fazê-lo.

Enquanto isso, abrimos um canal no Youtube para reunir os vídeos da A Tal Mineira TV.  Tenho resistido a essa experiência, porque acaba sendo mais um compromisso, mas vejo que não é possível evitar. 

Lá, como aqui, vamos de salada mista. Não se preocupe, não vai ter live, obrigada.

Já tive minha dose de entradas ao vivo pela TV. Em tempo e circunstâncias em que o vivo, na maioria das vezes, era voo cego e surdo. Aliás, estreei no vídeo assim, na extinta TV Manchete, em Brasília, no início dos anos 90 do século passado; pré-estreia do Real, na fase URV – Unidade de Referência de valor.

A ideia do canal é, ao lado de vídeos próprios, e de terceiros que sejam importantes, quem sabe, usar o espaço também para comentários eventuais. Para começar, vamos de leitura literária uma vez por semana, algo que venho acalentando há bom tempo. 

Paro por aqui, que o dia hoje foi pesado, e não faltou sequer bloqueio de acesso desta blogueira ao próprio blogue, “por razões de segurança”, diz o provedor WordPress. Foi uma luta até conseguir alterar a senha e fazer o login para atualizar.

Presente de aniversário, viva!

Confira o vídeo de (re)-estreia no canal A Tal Mineira TV – acesse, diga se gosta com uma curtida, deixe seu comentário, compartilhe. Um clique positivo é um baita apoio, obrigada: 

 

 

 

 

 

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