por Sulamita Esteliam
As crianças brasileiras, finalmente, começam a ser vacinadas, apesar de… E ainda que tardiamente, é um alívio em meio a terceira onda de Covid-19 no país e mundo afora. Explosiva e, aqui, combinada com o surto de gripe devastador.
Pior, a crescente demanda por testes, dada à exigência de comprovação dos novos protocolos, e não só no Brasil, somada à quebra da logística até de transporte pela pandemia, leva à quebra de oferta de insumos, e portanto à inviabilidade da testagem crescente.
Complicações da Ômicron e da Influenza A, ou H3N2, tranbordam as UTIs Brasil afora. Em Pernambuco, sobretudo no Recife, a coisa está feia: o boletim da Secretaria de Saúde do dia fala em 1.667 casos de infecção e quatro óbitos – nenhuma criança, felizmente.
Aqui, a Influenza se multiplica feito visgo, e mata mais do que a Covid: há 160 mortes computadas em 24 horas, das quais aos menos três crianças; o cômpto se dá por faixa etária, sendo duas mortes de 2 a 5 anos e duas na faixa de 10 a 19 anos.
Do total de casos graves de síndrome respiratória aguada registrados pelo Estado, 1.091 são de influenza A, sendo 1.074 do subtipo H3N2, e as demais subtipadas.
Na capital mineira não é diferente a aceleração infecciosa, de Covid e de gripe – e também no Rio, em São Paulo, Porto Alegre e outras capitais do país.
Os dados do dia falam em 137 mil casos de infecção por Covid nas últimas 24 horas, recorde em toda a pandemia, com subnotificação, com tudo. As mortes também crescem em proporção alarmante: 351 perdas no período, superando o pico do início de novembro passado.
Prova de que a pandemia não acabou e que a Ômicron levou a sério as boas-vindas do assemelhado que ocupa a cadeira presidencial.
Antes, a estimativa de cientista como Miguel Nicolelis, é de que se multiplique por dez os números da contaminação. Seu alerta é de que podemos chegar a 2 milhões de casos em março.
Estamos em risco crescente, em meio ao negacionismo e as mentiras do desgoverno, incluindo o des-ministro da Saúde. A lentidão em vacinar crianças de 5 a 11 anos, vai nos custar caro.
A proliferação do vírus na velocidade que se constata é também fruto da narrativa equivocada de que a nova cepa é leve e nem tão letal assim. Para não perder as boas festas, quebramos o sistema de saúde, mais uma vez.
Fecho com o vídeo da entrevista de Nicolelis ao Giro Nordeste da TVE Bahia nesta terça, bastante esclarecedora:.
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Fontes requisitadas:
Conass.org
PE contra o Coronavírus