por Sulamita Esteliam
Estou feliz, mas exausta. Imagina o Lula!
Foi uma vitória histórica e heróica para a democracia, vestida com as armas da determinação, da empatia e do amor; e com a força do povo, que nunca desistiu do maior líder nunca dantes tido neste país.
“Eu me considero um cidadão que teve um processo de ressurreição na política brasileira, porque tentaram me enterrar vivo e eu estou aqui para governar esse país numa situação muito difícil, mas eu tenho fé em Deus que, com a ajuda do povo, nós vamos encontrar uma saída para que esse país volte a viver democraticamente, harmonicamente.”
Há uma voz que tentaram calar. Mas nossa estrela não vai se apagar…. O Brasil da Esperança, com fé no futro e sem medo de ser feliz.
A lembrar a Vigília por Lula Livre nos 580 dias da prisão injusta e ilegal e a campanha nacional por sua libertação. Euzinha estive lá em Curitiba, em meio ou junho de 2018.
Tomei um banho de cidadania militante, para jamais me esquecer. Algo semelhante foi só o espírito que moveu a campanha pelas Diretas, já! nos idos de 1984, tempos ainda da didatura.
Uma troca de energia rara, revitalizante e indispensável, e que na campanha qie se encerra com a vitória hercúlea de Lula se repetiu. O povo e Lula, Lula e o povo: um nutre o outro, e juntos a gente faz um país.
Não vai ser fácil, o estrago é visível, mas de profundidade incalculável. Todavia, a possibilidade do recomeço já muda o patamar do desespero para o esperançar.
A vitória de Lula, que alguns tentam desqualificar – por despreparo, estupidez, ignorância ou má- fé – é hercúlea e reconhecida e celebrada mundialmente, em manifestações oficiais.
Vem-me à mente, um dito popular da gente pernambucana, que verto para a o coletivo: “O Lula é nosso e o boi não lambe. Se o boi lamber, a gente lambe o boi”.
Outra lembrança que não quer calar é a fala premonitória da ex-presidenta Dilma, em seu discurso de despedida, ainda no Palácio do Planalto, em 31 de agosto de 2016:
“Nós voltaremos!”
Confirmada a vitória, em uma de suas primeiras falas públicas, Lula fez questão de agradecer, especialmente, a “esse povo porreta” da região onde ele brotou.
O Nordeste mais uma vez brilhou e fez a diferença, compensando a má vontade dos grandes centros como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte – minha Macondo de origem, mais uma vez travestida de reacionária me é irreconhecível.
Regionalmente, também se repetiu o capacete e cinturão de força e afeto que desde 2002 colorem o Brasil de vermelho, vermelhante, vermelhão.
É formado pelos nove do Nordeste, mais os três grandes do Norte e as Geraes a desmoralizar sua capital. Juntos, formam “os 13” mágicos, sacada fenomenal do amigo Flávio Costa, fotógrafo e militante pernambucano no Twitter:
“Obrigado aos 13: Amazonas, Pará, Maranhão, Tocantins, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais.”
Até a hora desta postagem, o ser que foi expulso pela força das urnas não reconheceu publicamente o resultado eleitoral.
Nenhuma surpresa para o tipo, arruaceiro que estagnou na idade mental adolescente-problema.
A falta de postura institucional e de respeito ao jogo democrático, atiça a matilha que o segue, na tentativa de quebrar a resgras.
Enquanto o mundo celebra “a maturidade do processo democrático no Brasil”, as estradas do país passaram o dia sob bloqueio de caminhoneiros que se julgam no direito de questionar o resultado eleitoral.
Agora à noite o ministro Alexandre Morais determinou a imediata desobstrução das estradas, sob pena de multa pessoal de R$ 100 mil à hora ao diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal. Em caso de desobediência, sua prisão também não está descartada.
Deixo os vídeos com os pronunciamentos do presidente eleito do Brasil após a confirmação do resultado: o oficial, para a imprensa internacional, num hotel em São Paulo;
E depois para a multidão, na festa da vitória na Av. Paulista, onde se multiplicou em agradecimentos para falar com todos, nos quatro cantos do carro de som:
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A Tal Mineira 