por Sulamita Esteliam
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está em Belo Horizonte para uma série de compromissos, e começou o dia com entrevista exclusiva a Edilene Lopes, competente repórter da Rádio Itatiaia. Compartilho mais abaixo.
Lula está na capital mineira para a celebração dos 38 anos do PT, em ato que ocorre a partir das 18:00 horas no Expominas, na Gameleira. É claro que estarei lá.
Antes, visita a colônia de hansenianos, em Betim. Depois de passar pelo acampamento do MST em Itatiaiçu, também na grande BH. Segue o vídeo da visita.
Destaque para o encontro de Lula com as crianças. Ganhou um poema sobre a vida incerta nas ocupações, de uma garota, e um escultura de retirante, entregue pelo menino João Vitor, que mal conseguiu dizer o próprio nome, quase engolido pela timidez.
Emocionante, para quem se permite!
Na entrevista à rádio mineira, ao ser questionado sobre a intervenção civil-militar no Rio de Janeiro, não deixou por menos: “É coisa de pirotecnia”.
E foi direto ao ponto:
“(…) O Temer está encontrando um jeito de ser candidato à Presidência da República. E ele achou que a segurança pública pode ser uma coisa muito importante para ele pegar um nicho de eleitores do Bolsonaro.
O que eles pensaram? Vamos criar um outro espetáculo e criaram a intervenção no Rio de Janeiro, passando para a sociedade a ideia que agora vai acabar os problemas. E não vai acabar. O Exército já ficou um ano na favela da Maré e quando saiu os problemas voltaram.”
Lula também falou sobre sua condenação, possibilidade de vir a ser preso e o cenário político para 2018.
Reforçou a denúncia de perseguição político-jurídica de que tem sido alvo, e sua disposição de usar todos os dias da sua vida para provar que é inocente das acusações que lhe imputam.
Assegurou, do mesmo modo, que o PT não tem plano B para candidatura à Presidência da República, já que nem ele próprio é ainda, oficialmente, o plano A.
Eis o vídeo com a íntegra da entrevista.
Observe que Lula fala em “previsão e uma tese” dele próprio sobre o espetáculo da intervenção federal no Rio como plataforma do usurpador para concorrer à Presidência em 2018.
Parece mentira ou piada de mau gosto. Mas é o que dá como certo o noticiário do dia. Bernardo Mello Franco, colunista de O Globo diz que o vampirão golpista “já é candidato”.
A fonte é o marqueteiro palaciano. O sobrenome do rapaz faz jus à genialidade: Mouco (Elsinho). Os políticos de plantão devem guardar o nome do estrategista.
E, a propósito da intervenção civil-militar no Rio, que, segundo a mídia venal tem no secretário-Geral da Presidência da República, o principal articulador, o Tijolaço puxa pela memória curta dos brasileiros.
Transcreve entrevista do jornalista Eucimar Oliveira, jornalista carioca de boa cepa, à Rádio Trianon, de São Paulo, republicada pelo Toda Palavra, em que critica a intervenção e lembra:
“Se fosse para ter intervenção no Estado, ela deveria ter ocorrido há mais ou menos 30 anos, quando Moreira Franco era o governador (…) porque um dos casos de maior repercussão do crime organizado do Rio de Janeiro foi o sequestro do publicitário Roberto Medina, foi urdido, tramado, gestado e nascido dentro do Palácio Guanabara”.
Leia o texto e ouça a íntegra:
Fotos: captura de tela
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Postagem revista e atualizada às 23:24h: correção de erros de digitação; por exemplo, sobre o aniversário do PT 38 anos.
A Tal Mineira 
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